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Mundo

Colômbia e Venezuela avançam em normalização diplomática

Países nomearam embaixadores após mais de 3 anos de crise

12 ago 2022 - 18h14
(atualizado às 18h38)
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A Colômbia e a Venezuela deram mais um passo em direção à normalidade das relações diplomáticas e voltaram a indicar embaixadores para cada país após mais de três anos de crise, informam os dois governos nesta sexta-feira (12).

Governo Petro está retomando relações com a Venezuela
Governo Petro está retomando relações com a Venezuela
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou que designou Félix Plasencia, ex-ministro das Relações Exteriores e já embaixador na China, para a sede diplomática de Bogotá. Logo depois, seu homólogo colombiano, Gustavo Petro, indicou o ex-senador Armando Benedetti para assumir a embaixada de Caracas.

A crise diplomática entre as duas nações começou em 2019 quando o líder da oposição, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente da Venezuela e acusou Maduro de fraudar as eleições. O político teve o apoio de cerca de 50 nações, entre as quais, Estados Unidos e a Colômbia. A atitude irritou Caracas, que rompeu as relações de maneira unilateral.

Agora, com a eleição de Petro, as conversas de alto nível haviam sido retomadas.

Após as nomeações, Maduro ainda afirmou que as partes estão "trabalhando em um plano muito sério" para a abertura programada e progressiva dos mais de 2,2 mil quilômetros de fronteiras entre as duas nações.

"Andaremos adiante a pequenos passos, avançando no restabelecimento e na reconstrução das nossas relações políticas, diplomáticas, econômicas e comerciais", pontuou ainda o venezuelano.

De sua parte, Petro ressaltou que Benedetti terá a "árdua missão de normalizar as relações entre os dois países" e de "restabelecer o quadro institucional que existia há décadas".

Nos últimos quatro anos, sob a presidência de Iván Duque, a Colômbia recebeu cerca de 1,4 milhão de venezuelanos que fugiram das graves crises social, econômica e política que se vive no país. Além disso, a nação vizinha foi um "porto seguro" para abrigar centenas de "desertores militares" e opositores perseguidos pelo governo Maduro. .

Ansa - Brasil   
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