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Brasil ainda enfrenta "grande desafio" no combate ao coronavírus, diz OMS

29 jun 2020 - 14h33
(atualizado às 16h09)
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O Brasil ainda enfrenta um "grande desafio" na luta contra o novo coronavírus, disse nesta segunda-feira uma importante autoridade da Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo às autoridades federais e estaduais que trabalhem com mais próximas.

Pessoal médico trata paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP)
12/05/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Pessoal médico trata paciente em hospital de campanha em Guarulhos (SP) 12/05/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

"Não há dúvida. O Brasil ainda enfrenta um grande desafio", disse Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, em uma entrevista coletiva virtual. Ele descreveu a situação nas Américas em geral como "difícil".

Questionado por um jornalista sobre o uso do termo "kung flu" --um jogo de palavras com a palavra em inglês para gripe com "kung fu"-- pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ou de outras referências ao vírus como chinês, Ryan pediu o uso de um "discurso internacional baseado no respeito mútuo".

"Muitas pessoas ao redor do mundo têm usado linguagem infeliz nesta resposta", disse ele. "Estamos tentando nos concentrar no caminho a seguir, tentando nos concentrar no que precisamos fazer."

O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de casos confirmados da doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, com mais de 1,3 milhão de infecções, e também o segundo com mais mortes, com 57.622 óbitos registrados até domingo. Apenas os Estados Unidos têm mais casos e mortes por Covid-19.

Na semana passada, a OMS já havia alertado para uma provável subnotificação de casos de Covid-19 no Brasil devido a uma escassez de testes.

Apesar de a epidemia no país ter apresentado estabilização em algumas grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, que inclusive têm afrouxado medidas de distanciamento social, atualmente cidades do interior se tornaram o epicentro da doença e podem provocar um "tsunami" de novos casos nas capitais, à medida que pessoas em estado grave dependem dos grandes centros para receber atendimento, segundo especialistas.

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