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Bolívia pede que governo argentino repudie declarações de Evo Morales

15 jan 2020 - 11h53
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O Ministério das Relações Exteriores da Bolívia pediu nesta quarta-feira ao governo da Argentina, onde o ex-presidente boliviano Evo Morales se encontra refugiado, que repudie as declarações do líder indígena, que no final de semana defendeu a criação de grupos armados de defesa no país andino.

Ex-presidente da Bolívia Evo Morales
06/01/2020
REUTERS/Matias Baglietto.
Ex-presidente da Bolívia Evo Morales 06/01/2020 REUTERS/Matias Baglietto.
Foto: Reuters

Morales disse à Reuters no domingo que os bolivianos têm o direito de se organizar para se defender --sem armas de fogo-- dos ataques do governo de seu país, o qual disse ser produto de um golpe de Estado que o obrigou a renunciar ao mandato no início de novembro.

"Pedimos ao governo argentino para repudiar as práticas de Evo Morales, incompatíveis com a lei e a ordem pública internacional", disse a chancelaria da Bolívia em comunicado, que detalhou que a chanceler boliviana, Karen Longaric, enviou uma carta diplomática ao seu par argentino, Felipe Solá.

"Preocupa-nos que Evo Morales induza a República Argentina a infringir normas e princípios internacionais".

A Reuters entrou em contato com a chancelaria argentina, mas um porta-voz não quis comentar o comunicado do governo boliviano e acrescentou que a Argentina não reconhece o governo da presidente interina boliviana, Jeanine Áñez.

"Estamos esperando eleições transparentes para reconhecer o próximo governo da Bolívia", disse.

Em uma entrevista publicada no domingo no portal de notícias El Cohete a la Luna, o presidente Fernández disse que Morales, que chegou à Argentina em dezembro, tem os mesmos direitos de qualquer cidadão argentino e que seu governo não os condicionará de maneira nenhuma.

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