PUBLICIDADE

Mundo

Homens sequestram médicos cubanos e matam policial no Quênia

Polícia suspeita que os atiradores podem ser militantes do Al Shabaab, grupo somali ligado à Al Qaeda, segundo rede de televisão local

12 abr 2019 - 09h23
(atualizado às 09h47)
Compartilhar
Exibir comentários

Atiradores sequestraram dois médicos cubanos perto da fronteira do Quênia com a Somália, nesta sexta-feira (12), quando eles iam para o trabalho, e mataram a tiros um policial que os protegia, disseram autoridades.

A rede de televisão local KTN News informou que a polícia suspeita que os atiradores podem ser militantes do Al Shabaab, grupo somali ligado à Al Qaeda. Imagens da rede Kenyan Citizen mostraram policiais montando um bloqueio em uma estrada que leva à fronteira.

Agentes de segurança abordam civis em bloqueio em via onde homens armados sequestraram médicos cubanos em Mandera, no Quênia
12/04/2019
REUTERS/Stringer
Agentes de segurança abordam civis em bloqueio em via onde homens armados sequestraram médicos cubanos em Mandera, no Quênia 12/04/2019 REUTERS/Stringer
Foto: Reuters

O porta-voz do Serviço Nacional de Polícia, Charles Owino, disse que atiradores em dois carros Toyota interceptaram o veículo que levava os médicos cubanos, além de dois policiais, no centro da cidade de Mandera.

Um policial foi morto a tiros pelos agressores, que depois "ordenaram que o carro e os ocupantes cruzassem a fronteira com a Somália", disse Owino em uma coletiva de imprensa.

Segundo ele, o veículo, que pertence ao hospital do condado de Mandera, onde os médicos trabalham, foi recuperado e o motorista foi detido para um interrogatório. Não se soube de imediato o destino do segundo policial. O porta-voz não disse quem está por trás do ataque e não respondeu perguntas.

Histórico de ataques

O Al Shabaab assumiu a responsabilidade por diversos ataques na cidade fronteiriça do nordeste do Quênia, nos quais dezenas de civis e agentes de segurança foram mortos.

Em novembro, atiradores feriram cinco pessoas, duas delas crianças, e raptaram uma agente humanitária italiana em Chakama, pequena cidade próxima do litoral queniano no Oceano Índico ao sul da divisa somali. O destino da italiana é desconhecido.

O Al Shabaab luta para derrubar o governo central da Somália e estabelecer seu próprio controle com base em uma interpretação rígida da lei islâmica.

O grupo também realiza ataques frequentes no Quênia, a maioria na região fronteiriça do norte, para pressionar o governo queniano a retirar tropas da força pacificadora somali que integra a União Africana.

Na terça-feira, a embaixada dos Estados Unidos elevou o alerta para viagens no condado de Mandera. "Demonstrem cautela adicional no Quênia devido ao crime, terrorismo e sequestros", disse o alerta.

Veja também:

O Mau Exemplo de Cameron Post Trailer Legendado:
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
Publicidade
Publicidade