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América Latina

ONU renova cinco membros não-permanentes do Conselho de Segurança

Arábia Saudita, Chade, Chile, Lituânia e Nigéria substituirão Azerbaijão, Guatemala, Paquistão, Marrocos e Togo, unindo-se a Argentina, Austrália, Luxemburgo, Paquistão, Coreia do Sul e Ruanda em 1º de janeiro de 2014

17 out 2013 - 12h50
(atualizado às 18h15)
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<p>Membros do Conselho de Segurança da ONU aprovam por unanimidade resolução que exige a erradicação do arsenal de armas químicas da Síria (foto de 27 de setembro de 2013)</p>
Membros do Conselho de Segurança da ONU aprovam por unanimidade resolução que exige a erradicação do arsenal de armas químicas da Síria (foto de 27 de setembro de 2013)
Foto: Keith Bedford / Reuters

A Arábia Saudita, o Chade e a Nigéria foram eleitos pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas nesta quinta-feira para um mandato de dois anos no Conselho de Segurança da entidade, e grupos de direitos humanos exigiram que os três países melhorem suas condições.

Chile e Lituânia também ganharam assentos no conselho, que tem 10 membros temporários e cinco permanentes com poder de veto -- Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China.

O grupo eleito nesta quinta-feira irá substituir Azerbaijão, Guatemala, Paquistão, Marrocos e Togo no Conselho de Segurança a partir de 1o de janeiro de 2014. As nações eleitas não tinham oposição, mas tiveram de obter a aprovação de dois terços dos 193 membros da Assembleia-Geral. Dos 191 membros da ONU que votaram, Lituânia obteve 187 votos, o Chile e a Nigéria receberam 186 votos cada, o Chade garantiu 184 votos e a Arábia Saudita, 176 votos.

"Os membros do Conselho de Segurança são rotineiramente chamados para abordar os direitos humanos fundamentais e as questões humanitárias", disse o diretor-executivo da UN Watch, Hillel Neuer, um grupo de defesa dos direitos humanos com sede em Genebra que monitora a ONU. "A Arábia Saudita e o Chade têm registros abismais sobre direitos humanos."

Críticas

A Arábia Saudita, uma sociedade patriarcal que aplica uma versão austera do Islã sunita, tem sido repetidamente acusada de violar os direitos das mulheres. No mês passado, o país liderou uma lista de países do Banco Mundial com leis que limitam o potencial econômico das mulheres.

A Arábia Saudita, que também está em campanha para ser eleita para o Conselho de Direitos Humanos da ONU, concede aos pais a tutela de suas filhas, dando-lhes o controle sobre com quem podem se casar e quando, e é também o único país do mundo onde as mulheres são proibidas de dirigir.

A Human Rights Watch afirmou que ocupar esse posto importante da ONU deve estimular os sauditas a "limpar seus atos". Um diplomata sênior do Conselho de Segurança, falando sob condição de anonimato, saudou a eleição de um país-chave no Oriente Médio, enquanto o mundo tenta pôr fim a uma guerra civil de mais de dois anos e meio na Síria, que já matou mais de 100 mil pessoas.

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