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América Latina

Governo terá candidato único para sucessão de Kirchner

Ministro do Interior e dos Transportes retirou candidatura após a presidente mostrar preferência pelo seu rival, o governador de Buenos Aires

18 jun 2015 - 21h00
(atualizado às 21h53)
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O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, junto da presidente da Argentina, Cristina Fernández, em 11 de fevereiro
O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, junto da presidente da Argentina, Cristina Fernández, em 11 de fevereiro
Foto: Reuters

O ministro do Interior e dos Transportes da Argentina, Florencio Randazzo, retirou nesta quinta-feira sua pré-candidatura presidencial, deixando o caminho livre para seu concorrente, o governador Daniel Scioli, apontado pela presidente Cristina Kirchner como o único candidato da situação para as eleições presidenciais, em outubro.

Randazzo "desistiu de participar como pré-candidato a presidente da nação e não quis participar como candidato a governador pela província de Buenos Aires. No entanto, continua como ministro", informou o chefe de gabinete, Aníbal Fernández, ao entrar na Casa Rosada, sede da Presidência.

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A decisão de Randazzo foi tomada depois que Kirchner inclinou a balança a favor de Scioli, que surpreendeu na noite de terça-feira, ao anunciar que seu companheiro de chapa será Carlos Zannini, ideólogo e principal operador do governo na Secretaria do Legal e Técnica.

Neste sábado, terminará a inscrição dos candidatos para as primárias gerais e obrigatórias de 9 de agosto.

Randazzo, que era visto como o pré-candidato com mais afinidades com a presidente, porém desfavorecido nas pesquisas, manteve nesta quarta-feira uma longa reunião com Kirchner, que lhe ofereceu que se candidate ao governo do maior distrito do país.

"Sou um homem de palavra, acredito nos compromissos assumidos. Não apago com o cotovelo o que escrevo com a mão, por isso não posso aceitar ser candidato a governador", escreveu Randazzo em carta a Kirchner, cujo conteúdo foi divulgado pela imprensa.

O chefe de gabinete, Aníbal Fernández, anunciou, em coletiva de imprensa, que ele mesmo, o prefeito da populosa circunscrição de La Matanza, na província de Buenos Aires, Fernando Espinoza, e o presidente da Câmara dos Deputados, Julián Domínguez, competirão nas primárias para ser o candidato da situação ao governo de Buenos Aires.

"A presidente não fechou a porta para quem quiser se apresentar", disse, após uma longa reunião com a chefe de Estado, embora ninguém espere que Randazzo volte atrás.

Randazzo, que exibe uma eficiente gestão, antecipou em várias ocasiões que só se interessava pela corrida presidencial, da qual a própria Kirchner exigiu que se retire.

Scioli lidera as pesquisas para as eleições gerais de 25 de outubro, nas quais Kirchner não pode aspirar à reeleição. A presença de Zannini na fórmula marca uma tentativa de assegurar a continuidade do projeto de centro-esquerda iniciado há 12 anos.

"Aceito com tristeza, mas sem o menor rancor, não poder competir pela Presidência, e celebro a decisão de que seja Carlos Zannini que se constitua em garantia de que nada do que foi conquistado se perderá. É um amigo em quem podemos confiar", escreveu Randazzo.

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