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América Latina

Deputados uruguaios iniciam debate de lei da legalização da maconha

31 jul 2013 - 11h55
(atualizado às 12h25)
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A Câmara dos Deputados do Uruguai iniciou nesta quarta-feira o debate sobre o projeto de lei que contempla legalizar o cultivo, a distribuição e a venda de maconha, o qual é alvo de polêmica e é rejeitado por seis de cada dez uruguaios. A iniciativa é impulsionada pelo presidente do país, José Mujica, como forma de combater o narcotráfico, mas gera divergências inclusive na governante coalizão de esquerda Frente Ampla, que tem a maioria em ambas as câmaras do Parlamento.

O debate foi iniciado "pouco depois" das 10h (local e em Brasília) e espera-se que dure "muitas horas" devido à "expectativa popular" que gera, afirmaram à Agência Efe fontes parlamentares. Organizações sociais e grupos de apoio e de rejeição à legalização da maconha devem se concentrar em frente ao Palacio Legislativo (Parlamento) para expressar a opinião com relação à iniciativa.

Mujica, que em recente entrevista à Agência Efe confessou nunca ter consumido maconha, lançou a iniciativa há um ano após afirmar que a repressão contra o narcotráfico "fracassou em nível mundial" e é necessário "tentar outra coisa". No final de 2012, o presidente ordenou "reduzir o ritmo do projeto" e pediu que seus colaboradores "eduquem o povo" explicando a ideia de combater o tráfico de drogas a partir da legalização do cultivo, da distribuição e da venda de maconha.

No entanto, segundo as enquetes, as últimas delas da empresa "Numero", 63% dos uruguaios rejeitam o projeto de lei e apenas 26% aprovam.

A iniciativa contempla a legalização da compra e venda e o cultivo de até seis plantas de maconha, ao mesmo tempo em que cria um órgão público que será encarregado de regular desde a importação de sementes à distribuição e venda, apesar de descartar que o Estado seja encarregado direto da produção. Os consumidores que desejem poderão se registrar perante o órgão e comprar até 40 gramas mensais de maconha em farmácias especiais.

Apesar de contar com 50 deputados sobre um total de 99, um dos legisladores governistas, Darío Pérez, foi especialmente crítico ao projeto e não se sabe se apoiará a iniciativa. Seu voto é decisivo para aprovar o projeto que, caso seja aprovado pelos deputados, passará depois ao Senado.

EFE   
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