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América Latina

Bachelet minimiza pesquisas e diz que reformas continuarão no Chile

8 abr 2015 - 14h29
(atualizado às 14h29)
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, disse que os esforços pela realização de reformas ambiciosas no país não serão afetados pelas recentes tempestades naturais e políticas que levaram sua popularidade a uma baixa recorde, e prometeu continuar com mudanças educacionais "chave".

Michelle Bachelet, em foto de arquivo. 01/03/2015
Michelle Bachelet, em foto de arquivo. 01/03/2015
Foto: Carlos Pazos / Reuters

A líder de centro-esquerda, que já havia comandado o país entre 2006 e 2010 e iniciou um segundo mandato em março de 2014, viu suas taxas de aprovação caírem para os níveis mais baixos nas últimas semanas.

A classe política chilena tem sido atingida por escândalos de corrupção e questões envolvendo o acesso que a nora de Bachelet teve a um grande empréstimo bancário, que forçou o filho da presidente a se demitir do comando da instituição de caridade de Bachelet.

Além disso, o Chile tem sido atingido por uma série de desastres naturais, incluindo enchentes devastadoras no norte do país.

"Temos de enfrentar (essas questões), mas ao mesmo tempo precisamos avançar, e é por isso que as reformas vão continuar", disse Bachelet a jornalistas durante encontro no palácio presidencial nesta quarta-feira.

"Isso torna mais complexo, e muito mais caro do que o calculado, mas faremos tudo que for necessário", acrescentou.

A reconstrução após as enchentes vai custar pelo menos 1,5 bilhão de dólares, disse a presidente.

NÃO RENUNCIARÁ

Bachelet riu dos boatos nas redes sociais de que ela poderia renunciar por conta do caso do empréstimo de sua nora. Ela criticou a imprensa por "pegar informações do Twitter".

"Não estou pensando em renunciar, de forma nenhuma", disse. "Continuaremos a trabalhar no que prometemos para o país."

As promessas de campanha de Bachelet incluíram elevar os impostos para empresas para pagar por uma reforma educacional, reformar as regras trabalhistas e mudar o sistema eleitoral vigente, desenhado pelo falecido ditador Augusto Pinochet.

Com algumas dessas reformas já aprovadas, o governo espera realizar neste ano no Congresso um trecho crucial de seu pacote educacional que, entre outras mudanças, tornará o ensino universitário gratuito.

"Estamos convencidos que a reforma educacional é fundamental se quisermos ser um país desenvolvido", disse Bachelet.

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