Alemanha minimiza 'irritação' do Brasil com Merz: 'Vamos superar'
Vice-chanceler defendeu que políticos falem livremente
O governo da Alemanha minimizou nesta quarta-feira (19) a crise gerada pelas declarações depreciativas do chanceler Friedrich Merz sobre Belém, sede da COP30, e assegurou que as polêmicas com o Brasil serão "superadas".
O líder conservador esteve na capital paraense para a Cúpula do Clima, na primeira semana de novembro, e disse nos últimos dias que "todos ficaram contentes" por voltar à Alemanha, "especialmente daquele lugar" onde estavam.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou a fala de Merz e afirmou que o chanceler deveria ter ido a um "boteco no Pará", enquanto o prefeito de Belém, Igor Normando, definiu o discurso como "arrogante e preconceituoso".
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi mais longe e chamou Merz de "filhote de Hitler", "vagabundo" e "nazista", porém depois apagou a publicação das redes sociais.
"Sobre esse assunto, eu também notei que existe irritação, mas vamos superá-la muito rapidamente", disse nesta quarta o vice-chanceler e ministro das Finanças da Alemanha, Lars Klingbeil, do Partido Social-Democrata, de centro-esquerda.
"Eu sou sempre favorável a que os políticos possam falar livremente", salientou Klingbeil. Merz, no entanto, ainda não se pronunciou sobre a polêmica.
