Médicos explicam real condição do ex-presidente Jair Bolsonaro
Bolsonaro foi submetido a uma correção de hérnia inguinal logo após o dia 24 de dezembro, intervenção que contou com a autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes
Um dos médicos da equipe que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro deu informações detalhadas sobre seu estado de saúde. Bolsonaro está internado desde a véspera de Natal para realização de procedimentos cirúrgicos. A alta do ex-presidente pode acontecer na manhã desta quinta-feira (1º), caso não haja nenhum novo problema. "A princípio, a alta já está programada, salvo alguma intercorrência", afirmou o cardiologista Brasil Caiado, do Hospital DF Star.
Saúde de Jair Bolsonaro
Bolsonaro foi submetido a uma correção de hérnia inguinal logo após o dia 24 de dezembro, intervenção que contou com a autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes.
Além da cirurgia principal, os médicos focaram em solucionar uma crise de soluços que persiste há meses. O cirurgião Claudio Birolini explicou que foram realizados bloqueios no nervo frênico para tentar aliviar o diafragma, mas os resultados sugerem que o estímulo pode ter origem no sistema nervoso central. Por conta do desgaste físico e emocional causado pelo sintoma, a equipe também iniciou um tratamento com medicamentos antidepressivos a pedido do próprio paciente.
Mesmo com o retorno à custódia, o ex-presidente precisará manter uma rotina rigorosa de autocuidado. Os especialistas destacaram que ele tem se mostrado colaborativo e disciplinado, especialmente em relação à dieta fracionada e aos cuidados com o refluxo. A partir da alta, caberá ao próprio ex-presidente fazer o autocuidado na cela da PF, embora os médicos possam visitá-lo sempre que for preciso ou solicitado. "Ele está mais disciplinado, entendeu a importância de colaborar em relação à alimentação, a não deitar depois de comer, que é um ponto que gera muito refluxo, comendo de forma mais adequada, mais fracionada. Toda a nossa recomendação, ele está muito disciplinado e seguindo sempre", disse Brasil Caiado.