Microsoft Windows 7

Windows 7: saiba o que mudou no novo SO

Henrique Martin/Zumo Notícias

Muita coisa mudou no Windows 7 em relação ao Windows Vista. Felizmente, a maioria das mudanças envolve melhorias em todo o sistema operacional e a migração para o 7 traz mais vantagens do que desvantagens. A nossa experiência com o Windows 7 vem desde as primeiras versões beta e hoje rodamos o sistema operacional em três máquinas distintas, todas na versão Ultimate, a mais completa na família Windows.

Ao começar a usar um computador com o Windows 7, a primeira impressão é de grande mudanças no visual. A interface geral do 7 ficou mais limpa e organizada. Comandos como Aero Shake (chacoalhe o mouse sobre uma janela), Aero Peek e Aero Snap (arraste janelas para o canto da tela) foram criados só para mostrar ou esconder as janelas dos aplicativos na tela.

O mais usado, no fim das contas, é o Peek, graças ao pequeno botão retangular no canto direito da tela: em um notebook ele não atrapalha muito, mas em um desktop com mouse, esquecer o ponteiro naquela região significa ver suas janelas sumirem e aparecerem várias vezes sem querer.

O sistema de bibliotecas é outra boa novidade do Windows. As pastas Minhas imagens, Meus documentos e Meus vídeos passaram por uma transformação e, além de receber arquivos, servem como agregadores virtuais para reunir conteúdo semelhante. Por exemplo, se você tiver fotos espalhadas em diversas pastas de seu disco rígido, basta associá-las à biblioteca Imagens e todas serão mostradas no mesmo lugar.

Ainda na interface, a criação das “Jump Lists” é uma das mais interessantes modificações visuais. As “Jump Lists” são listas (de arquivos, documentos, vídeos, fotos, favorites e de funções dentro do programa) associadas a cada aplicativo. Se o Internet Explorer está aberto, a lista mostra os sites visitados recentemente, por exemplo. Mas sua melhor implementação está no próprio menu Iniciar, com acesso rápido aos últimos documentos do Office, músicas do Windows Media Player e assim vai.

Os miniaplicativos da barra lateral, chamados Gadgets pela Microsoft, também passaram por uma pequena alteração: agora podem ficar em qualquer lugar da tela. Ou seja, a Barra Lateral morreu, o que resulta em menor consume de memória RAM. Personalizar a Área de Trabalho também ficou algo mais divertido, com temas diversos e inúmeros fundos de tela que se alternam de tempos em tempos. Dá até para trocar a cor do “vidro” transparente que envolve as janelas do sistema e dos aplicativos, e inclusive criar seus próprios temas.

Ajustes importantes de desempenho foram feitos no Windows 7 também. Uma nova central de redes facilita muito a conexão a qualquer tipo de rede (Wi-Fi, modems dial-up e 3G, VPN, entre outros) com um clique apenas. Compartilhar arquivos no Grupo Doméstico é outra novidade, podendo acessar arquivos em outras máquinas com 7 presentes na rede. O Grupo Doméstico é uma das grandes melhorias do Windows 7, pois com ele o usuário ganhar uma senha em dentro de uma rede doméstica, pode acessar documentos compartilhados pelas máquina, em um clique.

A busca por qualquer coisa/termo/arquivo/palavra-chave finalmente funciona de maneira decente, e o gerenciamento de processos mudou. Agora o Windows 7 entende prioridades e deixa itens sem uso (um Bluetooth desligado, por exemplo) fora de uso, sem consumir recursos desnecessários e tornar o computador mais lento. O modo de lidar com dispositivos USB foi aprimorado e agora está bem mais rápido. Outras boas novidades são a compatibilidade nativa com computadores de 64 bits, um melhor gerenciamento de bateria nos notebooks e tornar o 7 um sistema capaz de funcionar bem em PCs com tela touchscreen, incluindo recursos de multitoque.

Mas a principal mudança no Windows 7 é sua maior vantagem: a compatibilidade geral com hardware, sem engasgar por falta de drivers de componentes de terceiros. O problema de drivers existiu no começo do Vista, mas foi sanado, e o Win7 tem muito do código do Vista. No nosso caso, no PC principal o Windows 7 não reconheceu apenas uma placa de som da Creative (que já havia dado problemas com drivers do Vista). Um dos netbooks foi totalmente reconhecido, o outro ficou devendo um driver de microfone. O reconhecimento dos drivers ocorre já durante a instalação do sistema operacional ou na primeira atualização do Windows.

A grande desvantagem do Windows 7, no final das contas, acaba sendo na confusão de versões que a própria Microsoft cria. São seis Windows no mercado (Home Basic, Home Premium, Professional e Ultimate vão para o varejo e novos PCs; Starter Edition e Enterprise não chegam às lojas e são comercializadas apenas em novas máquinas ou contrato de licenciamento de grandes empresas, respectivamente), cada uma com recursos e funções e até mesmo visual diferente da outra.

O visual Aero, por exemplo, com seus inúmeros fundos de tela, funciona no Ultimate, mas não na versão Home Basic, mais simples. A Microsoft se defende ao dizer que cada usuário tem um perfil distinto, mas seria muito melhor ao consumidor se todos tivessem acesso à mesma versão do sistema operacional. Quanto mais completa, melhor, não?

Terra