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Homem pega 18 anos de prisão após criar e vender deepfakes pornográficas de crianças

29 out 2024 - 13h05
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A recente condenação de Hugh Nelson, um jovem de 27 anos no Reino Unido, destaca o impacto legal do uso inadequado de tecnologias emergentes. Nelson foi sentenciado a 18 anos de prisão por criar e distribuir imagens de deepfakes pornográficas infantis manipuladas através da inteligência artificial (IA), um caso classificado como histórico pelas autoridades inglesas.

Homem é condenado a 18 anos de prisão por criar e vender imagens pornográficas de crianças utilizando inteligência artificial
Homem é condenado a 18 anos de prisão por criar e vender imagens pornográficas de crianças utilizando inteligência artificial
Foto: Divulgação/Serviço de Promotoria da Coroa do Reino Unido / Perfil Brasil

Jeanette Smith, promotora do CPS do Reino Unido, afirmou que esta decisão sublinha a aplicabilidade da lei tanto a fotografias reais quanto às geradas por tecnologia de IA. Nelson, estudante de design gráfico, admitiu ter lucrado cerca de 5000 libras em 18 meses com a venda de imagens sexualmente explícitas de crianças, geradas artificialmente.

Quais são as implicações legais do uso de IA em crimes?

O caso de Nelson serve como um marco, ressaltando a necessidade urgente de adaptação das práticas investigativas às novas formas de criminalidade cibernética. Jen Tattersall, da polícia de Manchester, enfatiza a relevância de os investigadores se manterem atualizados sobre estas práticas. Caso contrário, criminosos podem acreditar que a tecnologia moderna lhes assegura impunidade, como Nelson supôs erroneamente.

Carly Baines, detetive na mesma divisão policial, reforça que apesar de constituírem imagens geradas por computador, comportamentos desse tipo devem ser rigidamente controlados. Essa decisão abre um precedente importante para futuras ações legais envolvendo crimes cibernéticos.

O que são deepfakes e como essa tecnologia é utilizada?

A técnica conhecida como deepfake permite a modificação de vídeos e fotos através da inteligência artificial. Utilizando essa tecnologia, é possível alterar o rosto ou a voz de uma pessoa em mídias audiovisuais, criando material enganoso a partir de conteúdo real. Essa prática tem levantado preocupações, especialmente quanto à produção de vídeos pornográficos falsos, prejudicando profundamente a reputação das pessoas envolvidas.

Em um relatório de 2020, a Sensity apontou a circulação de nudes falsos de milhares de mulheres na internet. Essas ferramentas, apesar de inovadoras, possuem um potencial significativo para uso indevido, exigindo monitoramento constante.

Como se pode identificar deepfakes?

Reconhecer deepfakes pode ser desafiador, porém algumas características podem denunciar um conteúdo manipulado. Inconsistências em vídeos ou imagens, como movimentos não naturais ou expressões faciais desalinhadas, são sinais de alerta. Além disso, o áudio pode soar robótico ou apresentar entonações estranhas.

  • Busque por movimentos oculares estranhos ou iluminação inadequada nas imagens.
  • Utilize softwares especializados que examinam as impressões digitais deixadas pelo conteúdo editado.
  • Cheque a veracidade das informações com fontes confiáveis, especialmente se o conteúdo parecer surpreendente ou alarmante.
Perfil Brasil
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