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Hoje (17) é o Dia Mundial da Hemofilia: entenda melhor o que é esta doença

Embora não haja cura para a doença, a reposição do fator de coagulação deficiente através de infusões intravenosas ajuda a controlar os sintomas e evitar agravações

17 abr 2024 - 10h34
(atualizado às 10h37)
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A hemofilia é um distúrbio genético raro e crônico que afeta a coagulação do sangue. Pessoas com essa condição têm uma deficiência ou ausência de certas proteínas de coagulação sanguínea. Isso resulta em sangramento prolongado, mesmo por pequenos cortes ou lesões.

Dia Mundial da Hemofilia: entenda o que é
Dia Mundial da Hemofilia: entenda o que é
Foto: Canva Fotos / Perfil Brasil

Existem diferentes tipos de hemofilia, sendo os mais comuns a Hemofilia A e a Hemofilia B. São causadas pela deficiência dos fatores de coagulação VIII e IX, respectivamente. A gravidade da doença varia de acordo com a quantidade de fator de coagulação presente no sangue.

Martha Arruda, hematologista do hospital Sírio Libanês, explicou ao G1 que "quando o paciente não tem os fatores disponíveis, não consegue produzir o coágulo. O processo de estancar o sangue começa, mas não termina. Esses sangramentos podem ter consequências graves". 

Os principais sintomas incluem sangramento excessivo de cortes, hematomas frequentes, sangramento nas articulações (que pode levar a dor e inchaço), e sangramento prolongado após cirurgias ou extrações dentárias.

"Quando nos movimentamos, fazemos pequenas lesões que não são estancadas nos hemofílicos. Isso pode comprometer a articulação. Além disso, eles precisam de muito cuidado com quedas. Se um paciente bate a cabeça, por exemplo, ele precisa ser levado imediatamente ao hospital porque o risco de ter um sangramento letal é enorme", explica Martha.

Existe cura para a Hemofilia?

Embora não haja cura para a doença, tratamentos como a reposição do fator de coagulação deficiente através de infusões intravenosas ajudam a controlar os sintomas. Essa alternativa também ajuda a prevenir complicações graves, como danos articulares. Com os avanços na medicina, muitas pessoas com hemofilia podem levar vidas ativas e relativamente normais.

"Até os anos 90, vimos muitos casos de pacientes contaminados por HIV e hepatite no tratamento porque recebia o sangue e eram muitas transfusões. Hoje, a medicina e a tecnologia evoluíram e conseguimos trabalhar o plasma e o paciente recebe o fator como um remédio, não mais no sangue", explica Martha.

Além da reposição, o tratamento pode ser feito com Terapia Profilática ou Sob Demanda. Essa alternativa envolve infusões regulares de fator de coagulação, geralmente a cada poucos dias, para prevenir sangramentos. É geralmente recomendada para pacientes com hemofilia grave e tem como objetivo manter níveis adequados de fator de coagulação no sangue. Já a terapia sob demanda é realizada quando ocorre um sangramento, ou antes de atividades que aumentem o risco de hemorragia, como cirurgias ou procedimentos dentários.

* Matéria publicada com supervisão de Ricardo Parra.

Perfil Brasil
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