Esquivel critica Plano Colômbia patrocinado pelos EUA

Domingo, 03 de fevereiro de 2002, 21h11

Um plano de paz para a Colômbia foi o tema da segunda parte da conferência que ocorreu na tarde deste domingo no Centro de Eventos da Pontifícia Universidade católica do Rio Grade do Sul (PUC-RS) em Porto Alegre. O debate "Um mundo sem guerras é possível" teve o prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel. O Nobel deixou claro que o caos social predominante no país latino tem de ser compreendido no contexto dos outros acontecimentos no continente, como a recente crise econômica da Argentina. Esquivel criticou o “Plano Colômbia”, que abriu caminho para a instalação de quatro bases militares americanas e dois Centros de Radar em território colombiano, além de outras bases militares no Peru, Equador e Venezuela. "A guerra na Colômbia necessita de acompanhamento internacional", defendeu Ana Teresa Bernala, coordenadora da Rede Nacional de Iniciativas pela Paz e contra a Guerra, participante no painel. Tereza destacou como fatos positivos dos últimos anos o movimento popular de 1997, quando a população saiu às ruas e foi às urnas votar pela paz, e também a retomada das negociações entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A colombiana convocou a platéia a ajudar: "Não há mais tempo que esperar nem tempo que perder". A discussão integra a assembléia que decidirá novos destinos para a cifra, estimada em US$ 800 bilhões, gasta pelos paíese mais ricos o financiamento de guerras. A votação vai até amanhã em diversas urnas na capital gaúcha. O resultado da Assembléia Mundial do Orçamento Participativo dos Gastos com Guerras será divulgado no dia 5, encerramento do Fórum Social. Leia mais: » Começa votação de novos destinos para dinheiro das guerras
Redação Terra
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