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Olívio abre debates sobre uso do dinheiro das guerras

Domingo, 03 de fevereiro de 2002, 15h24


O Governador do RS, Olívio Dutra, abriu os debates sobre alternativas de uso para o dinheiro gasto com as guerras a cada ano pouco depois das 14h deste domingo. Leia abaixo a íntegra do saudação.

Saudação aos presentes,
A feliz iniciativa de debater alternativas de aplicação dos gastos de guerra na melhoria das condições de vida no planeta é, ao mesmo tempo, a afirmação do nosso compromisso com a construção da paz e uma veemente denúncia contra a indústria da morte, que consome uma grande parte da riqueza produzida pelo trabalho humano na produção de armamentos, na indústria bélica que tem se revelado um dos negócios mais rentáveis e lucrativos da atualidade. Inicialmente, consideramos que esta atividade
do 2º Fórum Social Mundial é um reconhecimento sobre a importância do Orçamento Participativo, esta experiência de gestão pública que vem sendo aplicada há 13 anos em Porto Alegre, está em andamento em centenas de cidades, vem sendo implantada há três anos no estado.

Através do Orçamento Participativo, a população é protagonista na definição de recursos e de investimentos públicos. É uma experiência que se renova a cada ano, se aperfeiçoa e se enriquece, e está alicerçada nos princípios da solidariedade, da transparência, da garantia dos direitos e
na inclusão social. Desta forma, o Orçamento Público deixa de ser um objeto misterioso para a cidadania e passa a ser um instrumento de afirmação de seus direitos.

Pois a indústria armamentista, a produção e a venda de armas também é um negócio secreto, misterioso e, portanto, fora do controle democrático. O que sabemos é que este mercado macabro envolve pelo menos 800 bilhões de dólares por ano, ocupa 25% da pesquisa em todo o mundo e se alimenta exatamente da guerra, dos conflitos localizados, do terrorismo clandestino e do terrorismo de Estado, que condenamos com igual veemência.

Portanto, nesta assembléia, queremos não apenas condenar a indústria armamentista, mas também mostrar ao mundo que estas somas
fantásticas poderiam ser aplicadas na eliminação da fome, na erradicação do analfabetismo e do trabalho infantil, na pesquisa para o tratamento digno da AIDS, no amparo às vítimas da guerra e em programas sociais que pudessem garantir um mínimo de dignidade às populações e às pessoas excluídas por este modelo perverso e desumano.

Como disse na abertura desta conferência, não podemos esperar que o neoliberalismo globalizante seja o promotor da paz. Ao contrário, este modelo agrava as desigualdades e estimula a indústria bélica como um de seus pilares de sustentação.

A paz é uma tarefa nossa, desta ampla e generosa articulação internacional que se afirma neste 2º Fórum Social Mundial, que certamente constituirá um novo marco na construção do mundo que almejamos e estamos dispostos a construir.

Mesmo que existam interesses poderosos fomentando os conflitos e lucrando com eles, tenho convicção de que o enfrentamento deste debate terá uma enorme repercussão internacional, estimulando a consciência sobre o absurdo da guerra e a necessidade de construirmos um mundo solidário, um mundo em paz.

Bom trabalho e boa luta para todos nós!.

Leia mais:
» Começa votação de novos destinos para dinheiro das guerras

Redação Terra

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