Não faltou nem panelaço no dia dos protestos

Sábado, 02 de fevereiro de 2002, 20h44

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Solidariedade mundial em Porto Alegre (Jefferson Bernardes/Terra)
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Protestos para todos os gostos e causas. O terceiro dia do Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre, teve o grito das mulheres contra a discriminação social e econômica, os paraguaios reclamando do "terrorismo de Estado" e o ícone da reação dos argentinos à grave crise interna, o barulhento panelaço. Não faltou para reforçar as batidas nas panelas, a presidente do Movimento das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini.A mistura de manifestações descreve a diversidade que domina o FSM, que atrai mais de 60 mil participantes de cerca de 90 países. Tem grupos que atraem masi atenção. Uma manifestação pró-estado palestino fez o até agora discreto ativista francês José Bové soltar o verno delírio da platéia do 2º FSM. Os paraguaios abriram o dia de protestos. Não conseguiram chamar muito a atenção, mas as feministas sim graças ao barulho de apitos e cornetas. As mulheres pediam pelo fim da intolerância entre os sexos e da subjugação da mulher no planeta. Um dos alvos foi o fundamentalismo. "Estamos cansadas dos fundamentalismos por todo o mundo tentando nos calar. Estamos aqui para desafiar a ordem", explicou Télia Negrão, coordenadora da organização Planeta Fêmea, atraçaõ no Fórum. No final da tarde, no centro de Porto Alegre, quase 2 mil pessoas fizeram um panelaço na marcha de solidariedade à Argentina. Brasileiros, argentinos e participantes de outras nacionalidades que estão no FSM executaram a música de protesto das panelas. Mas sem confrontos, com os policiais militares só observando a manifestação na Praça Argentina. O ato denunciou as mortes de civis nos levantes populares do final de 2001 no país e os efeitos da crise econômica para trabalhadores. Leia mais: » Bové discursa em protesto em favor de Estado palestino » Ativistas aplaudem heróis da esquerda no Fórum Social » Mulheres se rebelam contra discriminação e violência » Paraguaios protestam contra terrorismo de Estado em seu país
Redação Terra
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