Doações à Argentina serão definidas semana que vem

Quarta, 30 de janeiro de 2002, 13h42

A mobilização de prefeitos da América Latina e da Europa para conseguir medicamentos para hospitais públicos da Argentina deve ter o cronograma de operação definido na próxima semana. A campanha foi anunciada hoje durante o 2º Fórum de Autoridades Locais (FAL), em Porto Alegre. As doações poderão ser feitas em medicamentos ou dinheiro. A campanha estará na Internet com a lista dos remédios que o país vizinho está precisando. O prefeito de Buenos Aires, Aníbal Ibarra, revelou o drama dos hospitais públicos na sua passagem pela capital gaúcha na segunda-feira e terça-feira e fez o apelo prontamente atendido. Ontem, a direção da Federação Mundial de Cidades Unidas (FMCU) se reuniu e acertou uma declaração de ajuda. “A iniciativa não resolve a injustiça social, mas cria uma rede de solidariedade”, disse a presidente da FMCU), Mercedes Bresson. A meta é conseguir uma forte colaboração de laboratórios farmacêuticos. Na Europa, segundo Mercedes, haverá a opção de doação em dinheiro ou em produtos. Os hospitais públicos da Argentina, que enfrenta profunda crise econômica, não tem dinheiro para comprar matéria-prima e produzir parte dos medicamentos, prática comum no país. A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, vice-presidente da entidade, informou, na capital gaúcha, que a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma) deverá ajudar na campanha. O secretário de Saúde da capital paulista, Eduardo Jorge, fez um contato com a entidade e teve a garantia de doações, segundo a prefeita. Marta dise que a prefeitura da maior cidade brasileira não poderá ajudar com medicamentos, mas sim mobilizar empresas e a população. "Há pouco tempo consegui colocar remédios em todos os postos de saúde da cidade". Leia mais: » Rede de doação a argentinos surgiu em Porto Alegre » Prefeitos criarão rede de ajuda para a Argentina » França doará remédios e leite em pó para Buenos Aires » Barcelona arrecadará remédios para argentinos » Aníbal acusa organismos financeiros pela crise argentina
Redação Terra
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