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Exposição "Venenosas, Nocivas e Suspeitas" de Giselle Beiguelman ganha destaque em SP

14 nov 2024 - 08h11
(atualizado às 11h14)
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Depois de somente uma semana em cartaz no Centro Cultural Fiesp, a exposição "Venenosas, Nocivas e Suspeitas" já é um sucesso absoluto, atraindo quase cinco mil visitantes em quatro dias. O projeto ousado da renomada artista Giselle Beiguelman convida o público a uma imersão intensa e reflexiva sobre temas atuais como o papel das mulheres na história da ciência e da arte. Ao mesmo tempo, também chama atenção para o que é considerado verdadeiro ou falso.

Nova exposição de Giselle Beiguelman já atraiu quase cinco mil visitantes em quatro dias
Nova exposição de Giselle Beiguelman já atraiu quase cinco mil visitantes em quatro dias
Foto: Divulgação / Perfil Brasil

A exposição

Com curadoria de Eder Chiodetto, a exposição exibe cerca de 30 obras inéditas, criadas com inteligência artificial. Giselle Beiguelman utiliza a IA para combinar referências históricas e estéticas de mulheres apagadas da história, relacionando-as a plantas proibidas ou demonizadas ao longo do tempo, como a beladona e a mandrágora. A exibição convida o público a refletir sobre figuras femininas que, ao desafiar normas, foram associadas a rituais e mitos de feitiçaria. "Busco não apenas resgatar essas mulheres e o seu trabalho, que foram esquecidos, mas também provocar uma reflexão crítica sobre como interpretamos e interagimos com a natureza," explica Beiguelman.

Dividida em três seções — Antivenenos, Herbário das Esquecidas e Estudos das Venenosas — a mostra leva os visitantes a uma viagem entre realidade e imaginação, onde plantas marginalizadas ganham vida como complexas entidades visuais, e a IA recria retratos de naturalistas históricas, como Maria Bandeira e Maria Sybilla Merian. Para Beiguelman, o processo envolveu uma "negociação" com a IA para que as cientistas homenageadas fossem retratadas de maneira autêntica, superando a tendência da tecnologia de representar apenas mulheres jovens.

Débora Viana, gerente de Cultura do SESI-SP, destaca a importância dessa exposição: "A mostra Venenosas, Nocivas e Suspeitas é uma oportunidade para entender como a IA vem sendo utilizada por artistas e, ao mesmo tempo, uma chance para crianças e jovens conhecerem sobre plantas que o colonialismo demonizou e sobre mulheres importantes para a ciência e a arte."

Quem é Giselle Beiguelman?

Giselle Beiguelman é artista e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Suas obras artísticas integram acervos de museus no Brasil e no exterior, como ZKM (Alemanha), Jewish Museum Berlin, MAC-USP, IMS e Pinacoteca de São Paulo.

Em seus projetos recentes, ela investiga a construção do imaginário colonialista das artes e das ciências com recursos de Inteligência Artificial. Das suas criações, destaca-se "Botannica Tirannica", exposta no Brasil e no exterior, incluindo-se Bienal de Karachi (Paquistão), Museu Sartorio (Itália) e Koffler Arts (Toronto).

A artista também é coordenadora do Projeto Temático Fapesp Acervos Digitais e Pesquisa: arte, arquitetura, design e tecnologia. Por fim, já escreveu diversos livros, como "Políticas da imagem: vigilância e resistência na dadosfera" (UBU Editora, 202), e mais de uma centena de artigos sobre arte e cultura digital.

Mais informações

A exposição "Venenosas, Nocivas e Suspeitas", de Giselle Beiguelman, acontece na galeria de fotos do Centro Cultural Fiesp. O local fica na Av. Paulista 1313, em frente ao metrô Trianon-Masp. A visitação vai de 6 de novembro de 2024 a 20 de abril de 2025.

A entrada é gratuita e livre para todos os públicos. O Fiesp fica aberto de terça a domingo, das 10h às 20h.

Perfil Brasil
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