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Ex-chefe de campanha de Trump é mandado para prisão por juíza dos EUA

15 jun 2018 - 15h00
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Uma juíza federal dos Estados Unidos condenou Paul Manafort à prisão, depois de ele ser acusado de adulteração de testemunhas, no mais recente episódio da queda de um homem que comandou a campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, em 2016.

Ex-gerente de campanha de Donald Trump, Paul Manafort  04/05/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Ex-gerente de campanha de Donald Trump, Paul Manafort 04/05/2018 REUTERS/Jonathan Ernst
Foto: Reuters

Manafort, um operador político de longa data e empresário, tem sido foco da investigação do procurador especial Robert Mueller sobre o papel da Rússia na eleição presidencial de 2016 nos EUA.

Manafort foi indiciado em Washington e na Virgínia por uma série de acusações principalmente financeiras, incluindo conspiração para lavar dinheiro e fraudar os Estados Unidos.

Ele estava em confinamento domiciliar em Alexandria, na Virgínia, e fora obrigado a usar dispositivo de monitoramento eletrônico. Mas na semana passada Mueller fez uma nova acusação, de adulteração de testemunhas.

Manafort se declarou inocente dessa acusação nesta sexta-feira, mas a juíza distrital norte-americana Amy Berman Jackson, em Washington, revogou sua fiança, mandando-o para a cadeia.

"Eu não tenho desejo disso", disse a juíza. "Mas no final, eu não posso fechar os olhos. Você abusou da confiança depositada em você", acrescentou.

Manafort virou-se brevemente para acenar para sua esposa na primeira fila antes de sair por uma porta nos fundos do tribunal, segundo testemunhas da corte.

Mueller, cuja investigação tem ofuscado a Presidência de Trump, está investigando se a campanha do presidente em 2016 colaborou com Moscou e se Trump tentou ilicitamente obstruir a investigação. Trump chamou a investigação de Mueller de uma caça às bruxas e nega ter cometido erros.

Especialistas jurídicos disseram que Mueller quer continuar a pressionar Manafort para se declarar culpado e ajudar os promotores com a investigação.

Manafort presidiu a campanha de Trump por apenas dois meses, antes de renunciar em agosto de 2016, após uma reportagem de que recebeu pagamentos possivelmente ilegais do partido político do ex-presidente pró-russo da Ucrânia.

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