Cerca de 80% das lojas comerciais de Maceió aderiram ao movimento de desobediência civil liderado pelos integrantes da Câmara de Dirigentes Lojistas de Maceió (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista contra o feriado de hoje, estabelecido pela Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica (GCE). Os dirigentes patronais e o Sindicato dos Comerciários assinaram um acordo coletivo para garantir o funcionamento do comércio de Maceió. As repartições públicas, bancos e indústrias cumpriram a recomendação da GCE e respeitaram o feriado.
Segundo o presidente da Câmara de Diretores Lojistas, Roberval Cabral, a decisão foi a única alternativa encontrada para evitar o aumento da crise no setor, que emprega 56% dos trabalhadores do estado.
"Nós abrimos nossas lojas por necessidade. Este ano está sendo pior que 2000. Tivemos prejuízos com o crescimento das taxas de juros, com a alta do dólar e vários fatores internos e externos. Por isso não tínhamos outra a saída a não ser abrir o comércio. Estamos contratando 4 mil trabalhadores em regime temporário, fazendo um esforço para diminuir os efeitos de uma das piores crise dos últimos anos", explicou Cabral.
Durante toda manhã e parte do horário da tarde, a movimentação nas lojas do Centro de Maceió foi pequena. Os shoppings centers da cidade registraram grande número de clientes, que aproveitaram o clima de feriado para antecipar as compras do final de semana.