A Câmara de Gestão da Crise de Energia divulgou na tarde desta quinta-feira, em entrevista coletiva em Brasília, novas medidas para o Plano de Racionamento de Energia. A principal mudança é em relação ao Plano B. Se o Plano B entrar em vigor, os feriadões previstos para a redução de consumo de energia acontecerão às segundas-feira, e não nas sextas como estava previsto anteriormente. Segundo Celso Cerchiari, um dos coordenadores da GCE, a mudança vai representar uma economia inferior ao programado pelo governo, mas foi aceita após sugestões do setor econômico a respeito do assunto. "Há perda de efetividade, mas há ganho no comércio e na atividade econômica que compensa a mudança. Além disso, outras medidas podem ser usadas simultaneamente", explicou.
Os feriados são a primeira medida do Plano B, que será colocado em prática caso o Plano de Racionamento não dê os resultados esperados. O governo já havia criado um gatilho para a adoção do Plano B. Caso os níveis dos reservatórios fiquem além de um ponto percentual do previsto pelo ONS para o Plano de Racionamento, as medidas do Plano B entrarão em vigor.
Depois dos feriadões, a prioridade do Plano B é a redução adicional do consumo dos grandes consumidores. Em seguida vem a entrada emergencial em funcionamento da usina de Ilha Solteira, no interior de São Paulo. Se nem com essas medidas o índice de redução de consumo for considerado satisfatório, o governo irá adotar apagões nos sábados e domingos que antecedem os feriadões. A última medida a ser tomada é o corte compulsório da energia elétrica, os apagões, em dias a serem definidos.
Também foram divulgadas mudanças nas regras do racionamento para o comércio e a indústria. As pequenas e médias empresas poderão comercializar energia no Mercado Atacadista (MAE). As indústris sazonais terão metas de redução de consumo semestral e não mais calculasdas pela média de consumo dos meses de maio, junho e julho de 2000, com era desde o início do Plano de Racionamento de Energia.
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