Pesquisa do Sebrae minimiza impacto do racionamento em micro e pequenas empresas
Atualizado às 14h39Ao contrário do pessimismo mostrado pela indústria em relação ao futuro da economia do Brasil devido ao racionamento de energia, os micro e pequenos empresários estão mais otimistas. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae de São Paulo e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) com 450 empresários, apenas 9% acreditam não demitiram funcionários no primeiro mês do racionamento de energia.
O Sebrae informou também que 86% das micro e pequenas empresas consultadas mantiveram a jornada de trabalho normal e 90% mantiveram os investimentos previstos para junho. A pesquisa também mostra que 96% dos empresários consultados aderiram ao racionamento. Entre as principais medidas adotadas por eles estão a redução da iluminação e uso eficiente de máquinas e equipamentos.
A expectativa dos micro e pequenos empresários para o próximo trimestre é de estabilidade. 17% dos entrevistados acreditam que terão que demitir neste período. O plano de investimentos será mantido por 78% deles.
Segundo a pesquisa, 71% dos empresários das MPEs afirmaram que alcançarão a meta estabelecida pelo governo e economizarão 20% de energia elétrica. Assim, ficam fora do corte de energia e do pagamento da sobretaxa sobre o excedente
O perfil dos pequenos empresários frente a crise de energia contrasta com o apresentado pelos industriais. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria apresentada na terça-feira mostra o pessimismo do setor com o impacto do racionamento. A pesquisa revela que 63,4% das indústrias ouvidas pretendem demitir funcionários, contra 21,5% que não vêem as demissões como solução para o período de racionamento de energia.
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