Ministro José Jorge ainda admite recorrer aos apagões
Terça, 19 de junho de 2001, 13h07
O ministro das Minas e Energia, José Jorge, admitiu ontem a hipótese de recorrer aos apagões caso não sejam atingidas as metas de racionamento definidas pelo governo. Apesar disso, o ministro disse estar otimista, já que, segundo ele, houve uma grande adesão da população ao programa de redução do consumo de energia. A partir do fim deste mês, a Câmara de Gestão da Crise vai fazer avaliações mensais dos resultados do programa de economia de energia. Em três anos, o ministro acredita que o Brasil terá 30 novas usinas termelétricas e ainda poderá contar com antecipação do cronograma de construção de outras hidrelétricas. Ao todo, segundo o ministro, o Brasil vai dispor de mais cerca de 7 mil MW até o fim de 2003. O ministro lembra que o governo só recorrerá aos apagões "em último caso". Ele admite que o setor industrial está com dificuldade para cumprir as metas, mas acredita que o setor conseguirá atingi-las. O presidente da Eletrobras, Cláudio Ávila da Silva, anunciou que a empresa e suas controladas vão assumir a construção de novas linhas de transmissão que não forem arrematadas pela iniciativa privada nos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Como exemplo, Ávila citou o caso da linha Ouro Preto 2 - Vitória que não foi arrematada por nenhum grupo nas licitação de linhas realizada na semana passada. O executivo acrescentou que a Eletrobrás poderá recorrer a captações para financiar obras tanto em transmissão como em geração. No entanto, a princípio a Eletrobras vai contar com recursos do seu próprio orçamento. José Jorge, que participou da inauguração da nova sede da americana El Paso Energy no Rio, disse que a iniciativa da empresa de investir no Brasil é a prova de que os investimentos externos estão chegando ao País.
Fonte : InvestNews - Gazeta Mercantil
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