O aumento dos cortes de energia na região Nordeste só será decidido, caso seja preciso, em julho. No mês de maio, a região apresentou uma queda de 5% no nível dos reservatórios, abaixo das expectativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) A meta do ONS para o final do mês de junho é a de que os reservatórios cheguem a 24% de sua capacidade. A previsão foi feita a partir do pior do nível de chuvas registrado no Nordeste nos últimos 70 anos.
Para que não seja elevada a cota de corte de energia, é preciso que chova, pelo menos, 56% da média histórica. A partir de junho, o ONS enviará relatórios semanais a Câmara de Gestão da Crise de Energia sobre a situação dos reservatórios.
A situação das regiões Sudeste e Centro-Oeste é mais confortável. Os reservatórios chegaram, ao final deste mês, com 30% da capacidade, dentro da meta prevista pela ONS.
Um dos fatores que contribuíram para o resultado mais favorável foi a redução de 6%, em média, do consumo de energia por parte da população. Esta semana, o índice de redução chegou a 12%.
"Com esta comparação, no Sudeste fica um pouco mais longínqua a possibilidade de ocorrem apagões", afirmou o presidente do ONS, Mário Santos.
As regiões Norte e Sul, só devem entrar no racionamento quando não puderem mais transmitir a energia que hoje repassam para as regiões Sudeste e Nordeste. O governo deve decidir, em julho, se a região Norte integrará o plano de racionamento e, em agosto, sobre a inclusão do Sul no plano.