A Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai levar à Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica a sugestão para que as punições recaiam sobre as indústrias que não economizarem 10% de seu consumo atual, no período de racionamento, e não os 20% impostos pelo governo.
Em reunião da diretoria, os integrantes da CNI se comprometeram a economizar 10% do consumo com a chamada Indústria Cidadã, que seria um programa de conscientização de seus funcionários, troca de lâmpadas, desligamento de luzes desnecessárias, entre outras medidas, que não afetariam a produção. Os outros 10% seriam obtidos com redução da produção. A idéia dos empresários é conseguir maior flexibilidade para se adaptar às regras anunciadas pelo governo.
O vice-presidente da CNI, José Carlos Gomes Carvalho, estima que, com a economia de 10%, a produção industrial deve crescer 3,5% este ano e não entre 5% e 6% conforme esperava anteriormente. Carvalho descartou demissões na indústria de imediato. Segundo ele, os empresários farão o possível para evitar que haja cortes.