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RJ: Lindberg apoia Crivella, mas PT vai ao 2º turno dividido

Crivella agora vai em busca do apoio do Psol para tentar tirar o PMDB do governo do Estado no dia 26 de outubro

8 out 2014 - 15h21
(atualizado às 15h53)
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<p>Marcelo Crivella e Lindberg Farias selam acordo para 2&ordm; turno nas elei&ccedil;&otilde;es do RJ</p>
Marcelo Crivella e Lindberg Farias selam acordo para 2º turno nas eleições do RJ
Foto: Marcus Vinicius Pinto / Terra

O senador Lindberg Farias e o presidente do PT no Rio de Janeiro, Washington Quaquá, anunciaram, na tarde desta quarta-feira, apoio ao candidato do PRB ao governo do Estado, Marcelo Crivella. Mas isso não quer dizer que o PT apoie Crivella. Afinal, a direção nacional do partido pediu que não se formalizasse o apoio a Crivella para não causar ainda mais ciúmes no outro candidato, Luiz Fernando Pezão - cujo partido (PMDB) está dividido no RJ entre a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição e à do candidato Aécio Neves (PSDB), a já conhecida chapa Aezão. “Nossa maior liderança, que é o senador Lindberg e a militância, está com o Crivella”, disse Washington Quaquá. “Mas, para não prejudicar a campanha da presidente Dilma, não vamos formalizar”, disse.

Embora alguns deputados eleitos do partido tenham participado do anúncio da aliança, é certo que nem todos os nomes fortes do partido vão apoiar Crivella. Entre eles, estão o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e o deputado Carlos Minc, que foi secretário do Ambiente durante o governo Cabral/Pezão. “Os traidores do partido já estavam do lado do Pezão quando Lindberg era candidato. Não vão fazer diferença para eles. A diferença vai ser nossa militância na rua”, disse Quaquá.

Lindberg disse ainda que não terá constrangimento em subir no mesmo palanque que o ex-governador Anthony Garotinho. “Queremos mudança e a mudança é o senador Crivella”, disse, afirmando que no próximo fim de semana já vai fazer campanha na Baixada Fluminense ao lado do candidato do PRB. “Não tem como melhorar nada sem desmontar o que está aí”, afirmou.  

Crivella agradeceu pelo apoio e disse que já recebeu seu presente de aniversário adiantado - o candidato completa 57 anos nesta quinta-feira, e participa de um debate na TV Bandeirantes à noite. “Lindberg passou seus piores momentos na vida política quando o PMDB quis empurrar goela abaixo do PT uma candidatura única. Queriam que nos curvássemos e beijássemos a mão deles”, afirmou.

Para finalizar, os dois fizeram questão de afirmar que não houve nenhum acordo entre as candidaturas para cargos num futuro governo de Crivella. “Nem Lindberg nem Garotinho me pediram nada. Só me pediram que tirasse o PMDB do governo”, disse. Agora, Crivella vai em busca do apoio formal do Psol. Ele já recebeu apoio do deputado eleito Paulo Ramos, que afirmou que vai tentar convencer o líder do partido no RJ, deputado Marcelo Freixo, a acertar a aliança. “Neutralidade não é posição política.”

Após o primeiro turno das eleições ocorrido no domingo, 5 de outubro, ficou definido que a disputa para a Presidência da República terá segundo turno entre os candidatos Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Dilma obteve 41,59% dos votos, ficando à frente de Aécio, que termina o primeiro turno com 33,55%. A candidata do PSB Marina Silva deixou a corrida presidencial com 21,32% dos votos, em terceiro lugar.

Nas disputas aos governos, 13 Estados e o DF enfrentarão segundo turno. Outras 13 unidades da federação escolheram seus governadores no primeiro turno.

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Fonte: Terra
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