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Emedebista acena por retorno de aliança com PT nas eleições 2018

Há dois meses, o presidente da Assembleia Legislativa, Adalclever Lopes (MDB), abriu processo de impeachment do governador petista Fernando Pimentel

3 jul 2018 - 05h03
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BELO HORIZONTE - Pouco mais de dois meses depois de acatar o pedido de impeachment contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), o presidente da Assembleia Legislativa Adalclever Lopes (MDB), que anunciou sua pré-candidatura ao governo nas eleições 2018, não descartou a possibilidade de formar uma aliança com o PT, mesmo após o rompimento entre os dois partidos. Em entrevista à Rádio Super, de Belo Horizonte, o deputado defendeu a candidatura própria do MDB mas afirmou que a legenda pode sim se unir ao partido "mais parecido".

PT e MDB eram aliados históricos em Minas Gerais, pelo menos até o começo de 2018. A relação ficou estremecida após a ex-presidente cassada, Dilma Rousseff (PT), transferir o título eleitoral para Minas Gerais e ser cogitada no PT como pré-candidata ao Senado - vaga que era pleiteada por Adalclever na chapa. Em seguida o presidente da Assembleia aceitou dar prosseguimento ao processo de impeachment contra o atual governador, Fernando Pimentel (PT), o que teria marcado de vez o distanciamento.

Após instaurar o processo de impedimento, Adalclever anunciou que seria pré-candidato ao governo de Minas. Além dele, o atual vice-governador, Antônio Andrade, que está rompido com o governo estadual desde 2016, e o deputado federal Leonardo Quintão, também se dizem pré-candidatos do MDB ao governo mineiro.

"Nós não temos um rompimento para dizer que em nenhuma hipótese daria para compor com o PT. A porta de entrada está aberta. Quem quiser compor com o MDB e aceite as propostas e ideologicamente se pareça conosco", declarou Adalclever à rádio. Durante a entrevista, o parlamentar não falou como as duas legendas iriam lidar com a instauração do impeachment, nem como poderia ser feita essa reaproximação.

Nas últimas semanas, lideranças do PT também não descartaram a possibilidade de um retorno à aliança com o MDB. A presidente do diretório estadual petista, Cida de Jesus, também tem declarado que as portas da coligação estão abertas e que aceitaria conversar com os emedebistas.

Estadão
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