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Sul e sudeste puxam aumento de voto feminino em Bolsonaro

Para diretora do Ibope, Márcia Cavallari, decisão na corrida presidencial não deve vir no 1º turno

4 out 2018 - 10h23
(atualizado às 10h47)
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Mesmo após um final de semana marcado por manifestações contrárias ao candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, a intenção de voto do público feminino no militar reformado teve oscilação de dois pontos percentuais para cima, chegando a 26%. A informação é da última pesquisa Ibope / Estadão / TV Globo divulgada nesta quarta-feira, 3. O resultado mostra que Bolsonaro dobrou a intenção de voto entre mulheres desde o início das pesquisas eleitorais em agosto, quando figurava com 13%.

"O que percebemos é que as mulheres que hoje declaram voto ao Bolsonaro têm um perfil mais semelhante ao dos homens: renda mais alta, maior escolaridade e mais concentrado em Sul e Sudeste", afirmou a diretora do Ibope, Márcia Cavallari, nesta quinta-feira, 4, em entrevista à Rádio Eldorado.

Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante evento em Brasília
Candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, durante evento em Brasília
Foto: Adriano Machado / Reuters

Segundo Cavallari, os resultados da pesquisa apontam para um provável 2º turno entre Bolsonaro e o presidenciável do PT, Fernando Haddad, considerando que não houve nenhuma movimentação mais significativa entre os outros candidatos. Além disso, Bolsonaro tem 30% e Haddad 19% de intenção de votos na pesquisa espontânea (quando o nome dos candidatos não é apresentado) o que representa "um voto muito forte, muito consolidado".

Uma vitória em 1º turno, no entanto, seria mais difícil. "A possibilidade existe, mas é muito pequena", disse Márcia. "Nos últimos dias o eleitor se movimenta mais, mas teria que ser uma movimentação muito brusca e em todo o país".

Márcia também explica porque apesar de configurar em terceiro nas intenções de voto, o candidato do PDT, Ciro Gomes, é o único que não empata tecnicamente com Bolsonaro no segundo turno. Segundo a diretora do Ibope, a rejeição dos candidatos conta muito nessa situação. Apesar de serem os candidatos mais votados, Bolsonaro e Haddad são também os que tem maior rejeição, 42% e 37%, respectivamente. O candidato do PDT, por outro lado, tem 16% de rejeição, o que o ajuda na simulação com Bolsonaro.

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