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Câmara continua sendo uma das que tem mais homens no mundo

Apesar do aumento no número de mulheres no Legislativo, País permanece abaixo da média mundial e mesmo dos países árabes

8 out 2018 - 15h38
(atualizado às 16h22)
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As eleições 2018 resultarão em um número maior de mulheres na Câmara de Deputados. Mas, numa comparação com o último ranking da representação feminina no Poder Legislativo, o Brasil ainda ocupará a posição modesta e abaixo da média mundial. Em 2014, 51 mulheres haviam sido eleitas para ocupar assentos na Câmara. Agora, foram 77 de um total de 513 deputados.

Comparando ao ranking atualizado da União Parlamentar Internacional em setembro de 2018 com 193 países, o Brasil seria apenas o 135o colocado na classificação das Câmaras de Deputados com as maiores representações femininas, de 15%. Há quatro anos, o País era apenas o 156o colocado, com 10,7%.

A Câmara tem 513 deputados federais, que são distribuídos por Estados proporcionalmente à população.
A Câmara tem 513 deputados federais, que são distribuídos por Estados proporcionalmente à população.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil / BBC News Brasil

A taxa registrada como resultado da eleição do fim de semana permite que o Brasil supere países como Síria, Egito, Sierra Leoa, Congo, Índia e Burkina Fasso. Mas, ainda assim, o Brasil está numa posição inferior a da Jordânia, Líbia, Rússia, Gabão, Arábia Saudita ou Turquia.

A taxa brasileira também continua sendo inferior à média mundial de representação de mulheres na Câmara de Deputados, avaliada em 23,9%. Nas Américas, a taxa é ainda maior, de 29,5%, superando até mesmo os europeus.

A média brasileira, mesmo com as eleições de 2018, continua sendo inferior à taxa nos países árabes, de 18,6%.

Entre os 193 países avaliados, quarto deles não tem mulheres em seus Parlamentos: Iêmen, Vanuatu, Papua Nova Guiné e Micronésia. Em Omã, existe apenas uma mulher, contra duas no Kuwait.

Apenas 13 países no mundo tem uma representação feminina acima de 40% entre os deputados e apenas três acima de 50%: Ruanda, Cuba e Bolívia. Do grupo de 13 países na liderança do ranking, seis deles são da América Latina ou Caribe.

Eleição 

Para a votação deste ano, a Justiça Eleitoral registrou 2,6 mil candidatas a deputada federal. Em 2014, foram 2,3 mil candidatas. Mas o número sofreu uma variação importante entre os partidos.

No Partido da Mulher Brasileira, 40% eram candidatas mulheres, enquanto PSTU apareceu com 39,5% e o PCdoB 37,3%. Mas cinco partidos não cumpriram a cota estabelecida de 30%, entre eles o DEM (29,1%), Rede (28,6%), PCB (27,8%), PMN (27,2%) e PP (25,3%).

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