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Bolsonaro diz que pode 'roubar' votos de Lula

Em visita a Belo Horizonte, candidato do PSL declarou que ex-presidente não consegue transferir votos suficientes para eleger aliado

15 ago 2018 - 13h37
(atualizado às 14h27)
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O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira, 15, em Belo Horizonte, que poderá atrair votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato, caso o petista seja impedido de se candidatar nas eleições 2018. Na capital mineira para evento com líderes religiosos, Bolsonaro declarou ainda que Lula não conseguirá transferir votos suficientes para eleger um substituto de sua escolha.

"Você vai no Nordeste, tem mais Lula do que PT. Com o Lula fora de combate, pela Lei da Ficha Limpa, esse voto (se) dilui", disse Bolsonaro.

Jair Bolsonaro é candidato à presidência pelo PSL
Jair Bolsonaro é candidato à presidência pelo PSL
Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

Mesmo com o risco de ter a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por ter sido condenado em segunda instância, Lula terá a candidatura registrada pelo PT nesta quarta-feira, 15, em Brasília. Seu candidato a vice Fernando Haddad (PT) é considerado o provável substituto.

Bolsonaro afirmou acreditar, porém, que Lula não conseguirá transferir todos os votos que concentra a um aliado. "O Lula tem o poder de transferir votos, mas não tanto quanto ele acha que pode. Muitos deles (eleitores do petista) vão olhar para mim", disse.

O candidato do PSL apareceu em segundo lugar na mais recente pesquisa divulgada pelo Ibope, no fim de junho, com 15% das intenções de voto, em um cenário em que a candidatura de Lula é incluída. Neste caso, o ex-presidente lidera a pesquisa ,com 33%. Com o Lula fora do cenário, Bolsonaro assume a liderança do pleito, com 17% dos votos, segundo a sondagem.

Após se reunir com pastores em Belo Horizonte, o presidenciável do PSL também falou sobre sua campanha. Bolsonaro afirmou que pretende "dar uma seguradinha" em piadas e frases polêmicas. "Eu vou continuar fazendo a mesma coisa, talvez polindo um pouco mais uma palavra ou outra", afirmou.

Sobre os 15 segundos que terá de propaganda em rádio e televisão, no período de campanha, o candidato do PSL afirmou que "já dá para dar um recado legal".

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