Revolução digital também afeta campos tradicionais, como o Direito

Mudanças exigem constante reciclagem não apenas de quem trabalha em funções ligadas a tecnologias

Alex Gomes

22 jun 2021 - 05h10

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A revolução digital não diz respeito apenas a profissões atreladas às novas tecnologias. Áreas clássicas do mercado também estão sendo sacudidas e exigem constante reciclagem ou reelaboração de conhecimentos, habilidades e competências. Ganha vantagem quem consegue enxergar esse caminho.

O relatório Future of Jobs, publicado em outubro de 2020 pelo Fórum Econômico Mundial, aponta avanços tecnológicos considerados prioritários nos próximos anos para empresas de vários segmentos. Na agricultura, a internet das coisas é a meta de 88% das companhias entrevistadas. Já na área da Saúde, 89% projetam investimentos em inteligência artificial.

Em serviços, big data é a tendência para 86% das empresas. No ramo, um dos segmentos mais tradicionais é o jurídico e uma opção para facilitar a adaptação de advogados, juízes e outros profissionais é o curso Direito 4.0 da Faap. A formação tem como um dos objetivos ajudar os alunos a adotarem um raciocínio jurídico atualizado que permita compreender e efetivar novos modelos de negócio.

"Montamos a estrutura com base nas realidades tecnológicas disruptivas. Abrange desde a formação digital, como novidades na prática do Direito. Tratamos das startups, as legal techs e law techs, além de novidades como o marco legal das startups", diz Renato Opice Blum, coordenador do curso da Faap.

Os estudantes também saem aptos a lidar com os novos desafios legais e técnicos de uma sociedade cada vez mais afetada pela tecnologia. "Abordamos temas que ganham terreno, como o 5G, a internet das coisas, as plataformas de blockchain e os contratos inteligentes. E estamos com uma pauta forte que é a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)", completa Blum. O curso existe há dois anos e tem 30 alunos, em média, por edição. É voltado tanto a profissionais como a estudantes de graduação com interesse nos desafios legais do digital.