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O que é o Saresp, prova que pode virar vestibular da USP, Unesp e Unicamp

Universidades planejam usar as notas do sistema para um vestibular seriado voltado aos alunos da rede estadual de São Paulo; entenda como é a prova

22 mar 2023 - 15h21
(atualizado às 23h33)
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As três universidades estaduais de São Paulo anunciaram recentemente que pretendem implementar uma nova modalidade de ingresso para os alunos da rede pública do estado: um vestibular seriado a partir das notas obtidas por eles no Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). 

Alunos das Escolas Estaduais, E.E. Silva Jardim e E.E. Professora Luzia Godoy durante participação no SARESP
Alunos das Escolas Estaduais, E.E. Silva Jardim e E.E. Professora Luzia Godoy durante participação no SARESP
Foto: Mastrangelo Reino/A2IMG/governo do estado de SP/Reprodução / Guia do Estudante

A USP (Universidade de São Paulo), a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) ainda precisam aprovar o modelo nas instâncias internas. A ideia é que as pontuações dos estudantes neste sistema em cada ano do Ensino Médio sejam somadas ao final do 3º ano e utilizadas como forma de ingresso nas instituições, em alternativa aos vestibulares tradicionais e ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Vale destacar que esse processo seletivo só poderá ser realizado por alunos de escolas da rede estadual de São Paulo, onde o Saresp é aplicado.

Mas, afinal, o que é o Saresp? 

Aplicado pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, o Saresp é uma avaliação realizada desde 1996 que tem como finalidade diagnosticar a situação do Ensino Básico paulista, ou seja, como está o aprendizado do estudante em diferentes fases do período escolar.

O objetivo desse monitoramento é gerar políticas públicas mais assertivas que melhorem a qualidade de ensino como um todo. Como as informações de cada instituição são divulgadas em boletins, os gestores escolares também podem aproveitar o material para acompanhar o projeto pedagógico adotado e planejar ações e projetos de melhoria. Além disso, os resultados da prova são utilizados para compor o Índice de Desenvolvimento da Educação de São Paulo, o Idesp, principal indicador da educação no estado, e as notas definem o valor para o pagamento de bônus aos professores.

A avaliação é aplicada anualmente no 3º, 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e na 3ª série do Ensino Médio. No 2º e 7º ano do Fundamental, a aplicação é amostral, ou seja, só uma parte dos alunos realiza a prova.

São dois dias de prova, com 3h30 de duração em cada um. No primeiro, os alunos encaram questões de Língua Portuguesa e Matemática. No segundo, são cobradas questões de Ciências da Natureza, além de um questionário socioeconômico. 

O sistema também fica disponível para as redes municipais, particulares, SESI e unidades do Centro Paula Souza que quiserem aderir à avaliação.

Uma das críticas ao sistema é que, como a prova é usada apenas para avaliar a qualidade do ensino nas escolas - sem resultados práticos no cotidiano dos estudantes -, eles se sentem desestimulados a realizar o exame. Com a implementação do vestibular seriado, as universidades esperam aumentar o engajamento com a avaliação e incentivar o ingresso de alunos da rede pública no Ensino Superior.

Mas como o Saresp se tornaria um vestibular seriado?

As universidades e o estado de São Paulo ainda não responderam a essa pergunta, já que a ideia está em fase de discussão. Mas o que se sabe é que o Saresp provavelmente seria expandido, e passaria a ser aplicado também no 1º e 2º ano do Ensino Médio. Afinal, enquanto um vestibular seriado, as notas obtidas ao longo desta etapa de ensino, somadas, é que entrariam na competição pelas vagas.

Guia do Estudante
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