Veja 10 respostas para perguntas muito curiosas

3. Os macacos podem ser treinados para usar armas de guerra?

Em reportagem, o jornal chinês People's Daily afirmou que insurgentes do Talibã estavam tentando treinar macacos e babuínos para atacar soldados com os uniformes do exército dos Estados Unidos. Com os talibãs, "macacos aprendem a utilizar o Kalashnikov (fuzil AK-47), metralhadoras Bren e morteiros de trincheira", dizia o diário chinês. Mas realmente é possível ensinar um primata não humano a utilizar uma arma? Segundo um especialista, a reportagem parece ser irreal. As informações são do site Live Science.

"Eles podem ser treinados para fazer coisas como desligar luzes, abrir torneiras e assim por diante, mas às vezes não dá certo", diz à reportagem William Mason, psicólogo e professor emérito da Universidade da Califórnia. "Se nós estamos falando de animais indo ao campo de batalhas, lutando contra uma fortaleza com um AK-47 ou o que for, isso parece muito, muito inverossímil", afirma.

Mason diz não acreditar que alguém tentaria seriamente treinar animais para a guerra. Ele diz que um macaco pode ser ensinado a puxar um gatilho, mas não significa que o animal vai ter a habilidade cognitiva para atirar em alvos planejados em um campo de batalha.

O jornal chinês cita jornalistas britânicos não identificados e fontes militares americanas sobre os "macacos soldados", mas as forças armadas dos Estados Unidos dizem que não há realidade nisso.

"O mais próximo que você pode chegar plausivelmente (de usar macacos na guerra) seria prender explosivos no animal e mandá-lo (contra o alvo)", diz Mason. "Dar a um macaco um equipamento complexo como um rifle e dizer 'nós vamos treiná-lo e torná-lo um soldado' é puramente fantasia".

Primatas, como o chimpanzé, podem atacar e matar rivais de outros grupos provavelmente para adquirir mais territórios. Mas tais conflitos não podem ser comparados às guerras humanas, assim como a monogamia no mundo animal não comporta uma comparação com o casamento humano. "As analogias geralmente quebram no mesmo ponto", diz Mason.

Foto: Getty Images

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