Brasileiros são metade dos estudantes estrangeiros nas escolas de Portugal
Na rede privada, segundo dados do ano letivo de 2023/2024, 24,8% dos estrangeiros matriculados eram brasileiros
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Brasileiros representam quase metade dos estudantes imigrantes em escolas públicas de Portugal, destacando-se no aumento da imigração que impulsiona o crescimento populacional no país.
Os brasileiros representam metade dos estudantes estrangeiros nas escolas públicas de Portugal, segundo levantamento feito pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação a pedido do braço voltado à comunidade brasileira do jornal Público. Os dados indicam que, no ano letivo de 2024/2025, 49,5% dos alunos estrangeiros matriculados no ensino público do país são filhos de brasileiros.
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O levantamento mostrou ainda que, ao se mudarem para Portugal, os brasileiros em sua maioria optam por colocarem seus filhos na rede pública. Este padrão é diferente do que os imigrantes seguiam no Brasil, de acordo com entrevistados ouvidos pelo jornal. Na rede privada, segundo dados do ano letivo de 2023/2024, 24,8% dos estrangeiros matriculados eram brasileiros.
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A imigração vem crescendo no país, que registrou um aumento de 10,8% no total de alunos estrangeiros nas escolas e colégios. Especificamente sobre os brasileiros, o avanaço foi menor, de 5%.
O aumento na imigração estaria redesenhando a demografia portuguesa. A população de Portugal, que vinha encolhendo até 2018, voltou a crescer a partir de 2019. A explicação estaria no perfil dos imigrantes que têm chegado ao país: são mais jovens e mais propensos a terem filhos.
Do total de imigrantes em Portugal, os brasileiros representam uma parcela significativa: quase um terço dos 1,6 milhão.
Portugal e a relação com imigrantes
No último ano, o discurso anti-imigrantes ficou mais forte dentre os portugueses. Em julho, um pacote anti-imigração chegou a ser aprovado pelo parlamento, com mudanças que endureciam a aprovação de vistos de permanência no país. Em agosto, porém, o Tribunal Constitucional de Portugal vetou o pacote, que considerou inconstitucionais cinco pontos do texto.
