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Doria rebate ataques de Bolsonaro: "Cuide mais do seu povo"

Antes aliado, governador tem criticado recentes declarações do presidente

5 set 2019 - 13h31
(atualizado às 13h38)
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Foto: Roberto Casimiro/Fotoarena / Estadão

O governador de São Paulo, João Doria, criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e seu pai, Alberto Bachelet, preso, torturado e morto em 1974 pelo ditadura militar no país. Para Doria, Bolsonaro fez uma "indelicadeza" com a chilena, que hoje é Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos. Ele sugeriu que o presidente "cuide mais do País" e afirmou que "não será com brigas que vamos construir uma imagem positiva do Brasil no mercado internacional".

"Bolsonaro fez uma indelicadeza com Michelle Bachalet. Não se faz isso com ninguém, ainda mais com uma ex-presidente da República. Ele (Bolsonaro) pode recuar e pedir desculpas. Não foi um gesto bom. Tanto é que ele foi condenado no Chile pela opinião pública", disse o tucano, que ressalta que tanto a esquerda como a direita do Chile reprovaram os ataques de Bolsonaro.

"Tomo a liberdade de sugerir ao presidente Bolsonaro: cuide mais do País, cuide mais do seu povo. 60 milhões de pessoas votaram no presidente Bolsonaro com a esperança que ele pudesse mudar o Brasil. Mas não será com brigas e palavrões que nós que vamos construir uma imagem positiva do Brasil no mercado internacional", afirmou.

Ataques

Na última quarta-feira, 04, o presidente criticou o trabalho de Bachelet como Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos e disse que o golpe de 1973 "deu um basta à esquerda" no país. As críticas foram umas resposta a declarações de Bachelet de que o Brasil não é uma democracia plena.

"Seguindo a linha do (Emmanuel) Macron (presidente da França) em se intrometer nos assuntos internos e na soberania brasileira, (Michelle Bachelet) investe contra o Brasil na agenda de direitos humanos (de bandidos), atacando nossos valorosos policiais civis e militares", escreveu Bolsonaro em rede social. "(Bachelet) Diz ainda que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai brigadeiro à época"

Estadão
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