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Surto de peste suína na China pode afetar exportação de soja

Agronegócio brasileiro demonstra preocupação com cenário

23 abr 2019 - 14h19
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O avanço da febre suína africana na China começa a chamar a atenção do mercado. O sacrifício de suínos cresce dia após dia e há dúvidas sobre o tamanho do problema. A queda no rebanho chinês pode trazer um impacto negativo importante na demanda chinesa por soja em grão. Segundo o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais do país asiático, a China abateu 916 mil suínos após cerca de 100 focos de febre suína africana no país.   Na visão do CEO da VMX Agropecuária, Carlos Cesar Floriano, o cenário é preocupante. "A operação de exportação de farelo de soja pode ser muito afetada se o problema com a peste suína na China não for controlado", afirma o representante.   A doença atingiu 24 províncias e regiões desde o primeiro surto em agosto, agitando o comércio no mercado mundial de carne suína e setores relacionados. A China abateu quase 700 milhões de porcos em 2017.   "Para tornar mais seguro o processo de produção e venda do farelo de soja, as empresas nacionais devem se estruturar para buscar interessados por esse produto em outros mercados, além da China, sob o risco de perderem toda sua produção por falta de mercado", avalia Carlos Cesar Floriano.   Doença   Ainda pouco comentada pela mídia, a peste suína africana não agride os seres humanos, mas é mortal para os porcos e não existe vacina ou cura.   O efeito do surto de febre suína está transbordando para os mercados de ração animal. Os futuros de farelo de soja da China despencaram quase 3 por cento na segunda-feira, após um novo surto em uma grande fazenda de criação anunciada no sábado.   Queda   De acordo com informações da Agência Brasil, as exportações do Brasil para a China, principal mercado consumidor de produtos brasileiros, devem continuar crescendo neste ano, mas em ritmo menor do que o registrado em 2018. A avaliação é do Informe do Índice de Comércio Exterior (Icomex) da Fundação Getulio Vargas (FGV).   O estudo afirma que a guerra comercial dos Estados Unidos (EUA) e da China beneficiou bastante o comércio brasileiro com os chineses, em especial no caso da soja. Em 2018, as vendas do produto agrícola para o país asiático cresceram 35%, e a China passou a ser o destino de 82% do total das vendas de soja do Brasil.   No entanto, a China deve voltar a comprar soja dos Estados Unidos, operação que estava suspensa devido aos conflitos comerciais entre os dois países. Isso deve prejudicar o produto brasileiro, que já deve registrar menor colheita do produto neste ano.   Outro produto que deve sofrer em 2019 é a carne de frango. Segundo a FGV, a China estabeleceu uma taxa sobre as importações oriundas do Brasil. "A China continuará como o principal mercado para o Brasil, porém o valor exportado deve crescer, mas menos do que em 2018", diz o informe da FGV.   De acordo com a FGV, em janeiro deste ano, o saldo da balança comercial com a China ficou positivo em US$ 2,2 bilhões. Em volume, as exportações cresceram 14,6% e as importações, 11,2%. Em valor, os crescimentos foram de 9,1% e 15,4%, respectivamente.   Em janeiro deste ano, a China liderou entre os destinos das exportações brasileiras, com um aumento da participação em relação a janeiro de 2018, de 18,3% para 20,9% da fatia do mercado. Já a Argentina perdeu participação, ao cair de 7,1% para 3,7%, indo para a quinta posição na lista dos principais mercados de destino das vendas brasileiras para o exterior.

Foto: Divulgação / DINO

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