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DINO

Exame de sangue avalia com 90% de precisão os riscos de demência e Alzheimer em idosos

Pesquisadores debatem como novos biomarcadores podem contribuir para o controle de graves doenças neurodegenerativas

13 jun 2017 - 18h39
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O neurologista norte-americano Howard Federoff, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Georgetown, estará em Porto Alegre, de 14 a 17 de junho, durante o 15th World Congress on Brain, Behavior and Emotions, para apresentar novas conclusões de sua tese sobre o papel dos lipídios e a função congênita na Doença de Alzheimer (DA).

Foto: DINO

Em sua linha de pesquisa, Dr. Federoff desenhou um exame de sangue que mensura a concentração de lipídios (gorduras) comumente presentes na corrente sanguínea. O objetivo é estimar as chances de deterioração cognitiva leve - que envolve perda de memória e declínio na capacidade de pensar - ou início da DA.

Ele comparou o sangue de pessoas acometidas de algum grau de demência com o sangue de outras mentalmente saudáveis. Aquelas que desenvolveram demência tardiamente apresentaram baixos níveis de 10 tipos de lipídios.

Alguns estudos neuropatológicos têm verificado que alterações associadas à DA podem ser encontradas em indivíduos assintomáticos. Nos últimos anos, a busca por biomarcadores (parâmetros do organismo para o diagnóstico de uma doença) evidenciou que a fisiopatologia da DA pode ser identificada tanto em pacientes sem sintomas aparentes quanto naqueles com a demência já instalada.

Dr. Federoff é pioneiro em definir biomarcadores da DA no sangue humano. "Biomarcadores que identificam o período assintomático da doença são essenciais para oferecermos tratamentos com o foco na prevenção. Um simples exame de sangue pode determinar como pacientes, suas famílias e médicos planejam lidar com o Alzheimer", avalia o cientista.

Os biomarcadores para a DA atualmente disponíveis possibilitam a detecção do peptídeo-amiloide (alfa B-42) e da proteína tau, que estão correlacionados à patologia. "Nosso estudo segue uma abordagem livre para o alfa B-42 e a proteína tau, que mostram que o metaboloma (alterações cromossômicas numéricas e/ou estruturais) do sangue periférico é afetado no pré-clínico e manifesta a doença", explica Federoff.

Os biomarcadores sanguíneos seriam uma alternativa mais acessível, menos invasiva, mais informativa e menos dispendiosa. Estudos em andamento, desenvolvido pela equipe de Federoff e por outros centros de pesquisa, mostram que o exame de sangue poderia ser mais administrável que os testes de imagem, tomografia e ressonância magnética, utilizados atualmente para confirmar o estágio precoce da DA.

"O diagnóstico pré-clínico é essencial para realizarmos ensaios clínicos em pessoas com maior risco. Para avançar neste campo, devemos investigar as drogas antes que os sintomas comecem e isto requer um diagnóstico pré-clínico", reforça Federoff.

Descoberta inédita de Federoff

A pesquisa clínica envolveu 525 pessoas saudáveis com 70 anos ou mais que foram submetidos a um exame de sangue completo e uma bateria de testes neurocognitivos. Os pesquisadores acompanharam os participantes durante cinco anos.

Após a comparação dos exames de sangue, realizaram estudo complementar em um grupo separado de 40 pessoas, para testar se 10 tipos de lipídio poderiam predizer a doença. "Mostramos que o exame de sangue foi capaz de antecipar quem desenvolveria comprometimento cognitivo leve. Biomarcadores precisos são um passo fundamental para se buscar a cura do Alzheimer", informa o neurocientista.

Serviço

15th World Congress on Brain, Behavior and Emotions

De 14 a 17 de junho de 2017

Porto Alegre, FIERGS

Programação científica http://www.brain2017.com/programacao/index.php#topo

Blog para a imprensa

https://brainwcbbe.wordpress.com/

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