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DINO

Como o Brasil pode lucrar R$ 35 bilhões ao ano preservando a floresta Amazônica

10 set 2019 - 11h09
(atualizado às 12h38)
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O mundo está de olho na Amazônia, preocupado pelos incêndios florestais. Desde princípios de 2019 houve 50% mais queimadas que no ano passado: foram mais de 50.000 focos de incêndio. O assunto foi tema da última reunião do G7 na França. Considerada como indispensável para o equilíbrio climático do planeta líderes internacionais como Emanuel Macron sugeriram dar a floresta amazônica um status "internacional" caso os líderes locais tomem decisões prejudicais ao planeta.

Foto: Wikimedia / DINO

A resposta dos líderes brasileiros foi de declarar a soberania do Brasil sobre a Amazônia sem que uma solução de como preservar a floresta amazônica seja claramente proposta.

Muitos têm exposto os motivos da importância de preservar a Amazônia para o clima mundial, mas poucos têm conseguido enxergar como lucrar com a Amazônia sem destrui-la.

Jean-Clément Rose, represente de empresas na área da tecnologia Blockchain, explica como o Brasil poderia lucrar R$ 35 bilhões de reais por ano monetizando os serviços que a floresta amazônica presta ao planeta: produz grande parte do oxigênio do planeta, e captura boa parte do CO2 emitido no mundo.

P: Por que a Amazônia é tão importante para o mundo?

Jean-Clément: O desespero de ver queimar o que muitos chamam o "pulmão do mundo" tem motivos: depois de terem destruído suas próprias florestas o mundo industrializado pede que quem tem florestas as preserve. A área da superfície da terra coberta por florestas passou de 50% há 500 anos atrás a menos de 10% atualmente. Mas a área coberta por florestas no Brasil segue superior a 50%.

P: Que outros fatos fazem da Amazônia uma floresta única?

JC: Ela é a maior floresta tropical do mundo. São 550 milhões de hectares das quais 60% no Brasil unicamente.

Ocupa 45% do território brasileiro.

Ela é a maior reserva de biodiversidade do mundo: entre 50 e 70% da biodiversidade mundial.

Ela é o maior captador de CO2 do mundo:118 bilhões de toneladas por ano.

A floresta amazônica produz 20% do oxigênio do planeta.

1/5 das águas doces do planeta estão na floresta amazônica.

Ela contribui de forma importante para humidade do ar: 7 trilhões de toneladas de água são liberadas na atmosfera pela floresta amazônica.

Todos esses números fazem da floresta Amazônica uma floresta única no mundo e de grande importância para a qualidade do ar do mundo, sem mencionar sua importância pela sua biodiversidade.

P: E o que o Sr. Propõe para que o Brasil lucre preservando a floresta amazônica:

JC: Ver de outro ângulo o que todos vem. Romper um paradigma e parar de ver a floresta amazônica unicamente como "arvores e biodiversidade". O Brasil, sendo o dono da maior "fábrica de oxigênio" do mundo e do maior "captador de CO2" do mundo tem que dar este serviço de graça ao mundo?

90% do CO2 produzido no mundo vem da energia gerada a base de combustíveis fósseis (carvão e petróleo) e os 3 maiores poluidores são a China, os Estados Unidos e a União Europeia, ou seja, os mais ricos do mundo. Um estudo do FMI de 2015 menciona que o custo dos combustíveis fosseis para o mundo e de 5,3 trilhões de dólares (R$ 21.000 Bilhões).

E o Brasil limpa grande parte disso de graça? Algo nesta equação está errado.

P: E como monetizar este "trabalho" da floresta amazônica?

JC: A boa notícia é que existe uma solução simples e fácil de implementar. A tecnologia Blockchain veio para nos ajudar.

O Brasil tem aproximadamente 350 milhões de hectares de Floresta Amazônica.

Com a tecnologia Blockchain é possível identificar com precisão cada hectare e emitir de forma eletrônica um "documento" que representa este hectare.

O oxigeno produzido e o CO2 capturado por este hectare tem um grande valor. Quanto se pagaria por ano para proteger um hectare de floresta amazônica? Coloquemos um valor baixo: 100 reais (menos de 25 USD) por ano. Mas para o Brasil este ingresso representaria 35 bilhões de reais por ano. Algo como uma Petrobras.

Para entender o quão baixo é este valor, ele representa menos de 0,25% do que o mundo gasta em energias fosseis.

P: Poderia explicar mais em detalhes como funcionaria e como se comercializariam estes documentos?

JC: Seria como emitir 350 milhões de bilhetes eletrônicos onde se sabe com total precisão que hectare da floresta representa cada bilhete e quem comprou este bilhete. Um bilhete que tem uma validade de 1 ano. É importante clarificar: cada bilhete representa o "trabalho" deste hectare de floresta em 1 ano (produção de Oxigeno e captação de CO2). Cada ano se emitem novamente 350 milhões de "bilhetes".

Sem entrar em detalhes técnicos a tecnologia Blockchain é utilizada cada dia mais em muitas áreas da economia por sua total confiabilidade, rastreabilidade e segurança.

P: E quem investiria nestes bilhetes?

JC: Toda empresa que tenha uma política de Responsabilidade Social, todo bilionário que realmente queira proteger a Amazônia, todo indivíduo que acredita num Brasil melhor e que com 100 reais contribuiria para um mundo melhor.

Para as empresas seria um grande negócio investir nestes bilhetes já que o consumidor saberia facilmente e de forma 100% confiável que empresa, e quanto está investindo na preservação da Amazônia e do mundo. Imaginem o impacto positivo na imagem das empresas que investirão nesses bilhetes.

A título de exemplo, somente a Apple poderia comprar a totalidade dos bilhetes por 1 ano com menos de 20% do seu lucro anual.

P: E o que o Brasil teria que fazer para que sua proposta funcione:

JC: Claro o Brasil tem que garantir certos compromissos: deve preservar cada hectare representado por estes "bilhetes". Tem que tomar medidas concretas e reais para evitar qualquer novo desmatamento e permitir o controle por organismos privados independentes (o que hoje é facilmente feito por satélite). O não respeito colocaria todo o sistema em perigo

A ideia é simples, fácil de implementar e será um grande sucesso. Mudará a imagem do Brasil, mudará o Brasil.

Website: https://br.linkedin.com/in/jeancrose

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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