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Correios buscam R$ 8 bilhões adicionais para viabilizar plano de reestruturação financeira

Presidente da estatal detalhou estratégias de redução de custos, incluindo fechamento de agências e programa de demissão voluntária para conter prejuízos acumulados

29 dez 2025 - 18h48
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O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, informou nesta segunda-feira (29) que a estatal demandará R$ 8 bilhões extras em 2026 para dar continuidade ao seu processo de reestruturação. A declaração ocorre após a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões junto a um consórcio bancário na última semana, montante destinado à quitação de débitos e reforço de caixa.

Presidente dos Correios, Emmanoel Rondon
Presidente dos Correios, Emmanoel Rondon
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Perfil Brasil

Segundo o dirigente, a captação dos R$ 8 bilhões complementares ainda está sob análise, podendo ocorrer via aportes do Tesouro Nacional ou novas operações de crédito. Originalmente, a empresa planejava captar R$ 20 bilhões de uma só vez, porém a resistência do Tesouro em relação às taxas de juros propostas resultou no fracionamento da operação.

O montante de R$ 12 bilhões já formalizado conta com a participação do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander. O contrato possui garantia da União e prazo de pagamento até 2040, com carência de três anos.

O plano de reestruturação dos Correios visa reverter o ciclo de 12 trimestres de prejuízos. As metas estabelecidas incluem:

  • Redução de pessoal: Implementação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com meta de desligamento de 15 mil funcionários em dois anos.

  • Infraestrutura: Fechamento de mil agências físicas e venda de imóveis não operacionais avaliados em R$ 1,5 bilhão.

  • Eficiência operacional: Redução de custos com pessoal em R$ 2,1 bilhões e economia de R$ 500 milhões anuais com a revisão do plano de saúde Postal Saúde.

A estatal registrou queda na participação do mercado de encomendas, passando de 51% em 2019 para os atuais 22%. A receita de 2024 fechou em R$ 18,9 bilhões, apresentando redução em comparação aos anos anteriores.

De acordo com a gestão, o modelo econômico atual foi afetado pela perda do monopólio em áreas rentáveis e pelas mudanças regulatórias do programa Remessa Conforme, que permitiu a atuação de empresas privadas no transporte de mercadorias internacionais. A projeção é que a empresa retorne ao lucro apenas em 2027, com investimentos previstos de R$ 4,4 bilhões em tecnologia e logística entre 2027 e 2030.

Perfil Brasil
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