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Corpo de belga morto no Rio tinha mais de 30 lesões, aponta IML

Casado com a vítima há 23 anos, cônsul foi preso por suspeita de envolvimento na morte

7 ago 2022 - 11h53
(atualizado às 13h36)
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Cônsul alemão é preso suspeito de matar marido no Rio de Janeiro
Cônsul alemão é preso suspeito de matar marido no Rio de Janeiro
Foto: Reprodução/Instagram

O belga Walter Henri Maximillen Biot, de 52 anos, encontrado morto na cobertura de um apartamento em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, tinha mais de 30 lesões em diversas partes do corpo, segundo laudo do IML (Instituto Médico Legal).

O cônsul alemão Uwe Herbert Hahn foi preso temporariamente na noite de sábado, 6,  por suspeita de homicídio e teve o pedido de habeas corpus negado. Os dois eram casados há 23 anos e atualmente viviam no apartamento onde o corpo de Biot foi encontrado.

Biot, de acordo com o laudo do exame de necropsia obtido pelo jornal O Globo, morreu de hemorragia subaracnoide (extravasamento de sangue entre o cérebro e o tecido), contusão craniana e traumatismo cranoencefálico provocados por ação contundente.

Como aponta o exame, o corpo do belga apresenta mais de dez ferimentos nos braços e nas mãos. Quatro lesões foram detectadas no rosto. Outras seis, na região do tronco. Nas pernas, foram identificados seis ferimentos. Também foram registradas lesões no ânus. Há ainda uma grande lesão entre a barriga e o tórax, compatível com um pisão, que pode indicar que a vítima tenha sido imobilizada.

Crime violento 

O caso é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon, que diz que a prisão de Hahn foi corroborada por perícia feita no apartamento do casal, que encontrou cenário suspeito e que indicam que Biot teve uma morte violenta. Também foram identificadas contradições nos depoimentos de Hahn. 

“A versão dele (Uwe Hahn) é muito frágil diante das evidências arrecadadas, das provas e da perícia técnico-científica”, disse ao Estadão a delegada Camila Lourenço, ao justificar a prisão em flagrante por homicídio do cônsul alemão.

Na noite de sexta-feira, 5, o cônsul da Alemanha acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e alegou que o marido havia tido um mal súbito, caído e batido a cabeça. Os médicos encontraram a vítima com parada cardiorrespiratória e várias lesões. O corpo foi enviado ao Instituo Médico Legal (IML) para perícia, que constatou múltiplas lesões, incompatíveis com o relato do cônsul. 

Aos policiais, Hahn disse que Biot tomava remédio para dormir e costumava beber quase todos os dias.

Na perícia feita no apartamento, os peritos detectaram manchas de sangue no chão e em uma poltrona. Também foi apreendido um bastão, que pode ter sido usado nas agressões.

Fonte: Redação Terra
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