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Coronavírus

Weber vê grave suspeita em negociação para compra da Covaxin

Acordo para 20 milhões de doses do imunizante, no valor de R$ 1,6 bilhão, levou para o centro da CPI da Covid o presidente Bolsonaro

28 jun 2021 - 15h53
(atualizado às 16h03)
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08/06/2017
REUTERS/Ueslei Marcelino
08/06/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse haver "grave suspeita" de indícios de favorecimento e obtenção de vantagens indevidas nas negociações para a compra da vacina indiana Covaxin contra covid-19, alvo de uma CPI do Senado.

A manifestação de Rosa Weber foi divulgada em uma decisão que manteve pedido de quebra de sigilo de um advogado da Precisa Medicamentos, empresa que representa no país a fabricante da Covaxin, a Bharat Biotech.

"Na hipótese concreta, a questão adquire contornos ainda mais inquietantes, porquanto em pauta negociações pouco transparentes quanto a vacina ainda não respaldada por estudos científicos consistentes, em detrimento de imunizante de eficácia já comprovada e com custo substancialmente inferior, a projetar a grave suspeita investigada pela CPI de favorecimento e/ou de obtenção de vantagens indevidas na implementação da política pública de combate à pandemia da Covid-19", disse a ministra do STF, no despacho.

A negociação para a compra de 20 milhões de doses do imunizante, no valor de R$ 1,6 bilhão, levou para o centro da CPI da Covid o presidente Jair Bolsonaro.

O deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, o servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda afirmaram, em depoimento à CPI na sexta-feira passada, terem alertado o presidente sobre suspeitas na contratação da Covaxin.

Bolsonaro e a Precisa Medicamentos negam irregularidades.

Após os depoimentos dos irmãos Miranda, a cúpula da CPI avalia propor ao Supremo Tribunal Federal uma notícia-crime por prevaricação contra Bolsonaro.

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