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Coronavírus

Varíola dos macacos: Brasil receberá antiviral para tratar a doença, diz Queiroga

Anúncio foi feito nesta segunda-feira, 1º, pelo ministro da Saúde; em um primeiro momento, as primeiras remessas do medicamento tecovirimat serão usadas para casos mais graves

1 ago 2022 - 08h39
(atualizado às 10h55)
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Foto: Wilson Dias/Agencia Brasil / Estadão

SÃO PAULO - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta segunda-feira, 1º, que o Brasil receberá o antiviral tecovirimat para tratar pacientes com a varíola dos macacos (monkeypox). Em um primeiro momento, o medicamento será destinado aos casos mais graves da doença.

"O antiviral tecovirimat irá reforçar o enfrentamento ao surto de monkeypox no Brasil", publicou ele. Em postagem nas redes sociais, Queiroga disse que a compra será realizada por intermédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). O ministro, no entanto, não deu datas sobre quando devem chegar as primeiras remessas ao País.

Na sexta-feira, 29, o ministério confirmou a primeira morte por varíola dos macacos registrada no Brasil. Trata-se de um paciente do sexo masculino, de 41 anos, com "imunidade baixa" e "comorbidades, incluindo câncer (linfoma)", que levaram ao agravamento do quadro, de acordo com a pasta.

Em São Paulo, a Prefeitura de São Paulo confirmou o registro até o momento de três casos de varíola dos macacos em crianças no município. São as primeiras notificações no público infantil. Conforme informou a Secretaria Municipal da Saúde, todas estão em monitoramento, sem sinais de agravamento.

Especialistas reforçam a importância de serem redobrados os cuidados com imunossuprimidos, crianças, grávidas e idosos. A transmissão do vírus coloca em risco esses grupos considerados mais vulneráveis. Desta forma, medidas preventivas e de conscientização devem ser reforçadas para reduzir a proliferação da doença.

No dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a doença é uma emergência de saúde pública, de caráter global. A entidade levou em consideração o cenário "extraordinário" da doença, que já chegou a mais de 70 países.

Especialistas e autoridades sanitárias do País e dos Estados têm orientado às pessoas sobre como se prevenir, se proteger do monkeypox e evitar o contato com um vírus para o qual ainda não há uma vacina disponível no Brasil.

Surgimento dos casos

O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Desde então, países da Europa e da Ásia, assim como Estados Unidos, Canadá e Brasil, confirmaram casos.

Estadão
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