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Coronavírus

Lucros e dividendos de empresas da Europa devem cair pela metade com coronavírus, dizem analistas

1 abr 2020 - 10h42
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Os lucros e dividendos pagos pelas empresas europeias podem cair pela metade este ano devido às consequências econômicas da pandemia de coronavírus, apontaram analistas.

21/03/2019
REUTERS/Kai Pfaffenbach
21/03/2019 REUTERS/Kai Pfaffenbach
Foto: Reuters

Países de todo o mundo estão forçando as pessoas a ficar em casa, na tentativa de conter a disseminação do coronavírus, causando o fechamento de empresas e paralisando a atividade econômica.

O Barclays e o Citi estavam entre os poucos bancos até agora a fazer uma estimativa do eventual impacto, alertando sobre uma queda de 40% a 50% nos lucros e dividendos.

"Esperamos que as consequências econômicas do Covid-19 sejam tão severas quanto a recessão de 2008-09, mas mais breves", disse Emmanuel Cau, estrategista de ações do Barclays na Europa.

As empresas listadas no índice STOXX 600 devem registrar um declínio de 21,9% nos lucros no segundo trimestre, uma deterioração das perspectivas em relação a uma queda de 14,9% prevista na semana anterior. No terceiro trimestre, os analistas esperam uma queda de 15,4%, de acordo com previsões da Refinitiv.

Essas previsões podem piorar, já que alguns analistas estão tendo dificuldades para mensurar o impacto neste estágio da crise.

As empresas estão cortando ou suspendendo dividendos à medida que seus fluxos de caixa secam.

A empresa de investimentos AJ Bell, na semana passada, estimou que mais de 100 empresas britânicas adiaram ou cancelaram cerca de 4,2 bilhões de libras (5,2 bilhões de dólares) em pagamentos de dividendos em março.

Os principais bancos britânicos interromperam o pagamento de dividendos nesta quarta-feira, após pressão do regulador para economizar capital para amortecer as perdas esperadas.

Barclays, HSBC, Lloyds, RBS, Standard Chartered e a unidade britânica do Santander suspenderam pagamentos de dividendos para 2020 em uma resposta coordenada do setor a um pedido do Autoridade Reguladora Prudencial (PRA) na terça-feira.

Os bancos também foram convidados a interromper os pagamentos de 2019 que ainda não haviam sido concluídos. Eles deviam pagar mais de 8 bilhões de libras de dividendos de 2019, com o HSBC anteriormente planejando pagar 4,2 bilhões de libras.

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