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Coronavírus

Doria prevê 'desastre' com demissão de Mandetta

Governador de São Paulo não quis comentar vídeo compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro, em que é chamado de 'sócio da paralisia'

15 abr 2020 - 13h49
(atualizado às 14h09)
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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a elogiar a atuação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e afirmou que teme a saída dele e seus secretários executivos. Reportagem do Estado revela que Mandetta avisou a auxiliares que deve ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro. O governador não quis comentar um vídeo compartilhado pelo presidente em que ele e o ministro da Saúde são caracterizados como "sócios da paralisia".

O governador João Doria, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes sobre a pandemia do coronavírus
O governador João Doria, durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes sobre a pandemia do coronavírus
Foto: DIVULGAÇÃO/GOVERNO SP / Estadão Conteúdo

"Pelo governo do Estado de São Paulo, um desastre se tivermos a saída do ministro da Saúde e seus secretários executivos. Eles vêm demonstrando responsabilidade, apoio técnico, respeito à ciência, aos efeitos da Saúde e às recomendações da OMS. Entendo isso como um desastre e um risco à saúde pública do País. Há o risco de não termos mais orientação técnica e, sim, uma orientação política e ideológica", afirmou Doria na coletiva de imprensa desta quarta-feira, 15.

A atuação do ministro Mandetta também foi elogiada por David Uip e pelo secretário de Saúde José Henrique Germann, que cumprimentaram Mandetta por tomar medidas "apoiadas na ciência".

'Show mórbido'

Nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou, nesta quarta-feira, um vídeo com ataques às medidas de isolamento social adotadas no combate à pandemia do coronavírus. Bolsonaro destacou o título do vídeo "Os sócios da paralisia", publicado originalmente pelo jornalista Guilherme Fiuza, em que é apresentada uma série de críticas ao ministro Mandetta e ao governador João Doria.

"Você está em casa assistindo o governador de São Paulo assumir a paternidade da cloroquina, o ministro da Saúde explicar que traficante também é gente, jornais estrangeiros publicar fotos de covas abertas para dizer que o Brasil não tem mais onde enterrar seus mortos, entre outras referências intrigantes e estridentes sobre o assunto. Se você está paralisado e catatônico é porque já sabe que isso é um show mórbido", afirma Fiuza no início do vídeo.

Na coletiva no Palácio dos Bandeirantes, Doria não quis comentar o vídeo compartilhado por Bolsonaro.

Estadão
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