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Os ciclones tropicais mais devastadores da história

Conheça alguns dos piores furacões e tufões já ocorridos, de Nova Orleans a Bangladesh.

13 set 2018 - 15h09
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Apesar de sazonais, furacões e tufões sempre impressionam com seu poder de destruição. Conheça alguns dos piores fenômenos do tipo já ocorridos, de Nova Orleans a Bangladesh.

Há um motivo pelo qual algumas partes do mundo são mais atingidas por furacões que outras: o fato de esses fenômenos fazerem parte do sistema meteorológico dessas regiões. Localidades nos Estados Unidos, como Galveston, no Texas, ou Nova Orleans, no estado de Louisiana, já foram palco de várias tempestades tropicais. O mesmo vale para outras áreas do litoral leste americano e além - da Flórida a Bahamas, México e Porto Rico.

Nos oceanos Pacífico e Índico, os alvos mais frequentes são Bangladesh, Filipinas, Myanmar, Laos, Vietnã, Japão e Índia. Ciclones tropicais como o furacão Florence, que deve atingir os Estados Unidos nesta quinta-feira (13/09), são mais comuns durante o final do verão e no outono no Hemisfério Norte, entre setembro e outubro.

O termo ciclone tropical engloba uma série de denominações para fenômenos meteorológicos, dependendo de sua localização e intensidade, entra elas furacão, tufão e tempestade tropical. Apesar de indícios de que os ciclones tropicais já acontecem há milhares de anos e de medidas de previsão e prevenção, o ser humano ainda não consegue evitar os efeitos devastadores dessas tempestades.

Conheça alguns dos ciclones tropicais que mais causaram destruição:

Ciclone do Rio Hooghly

Também conhecido como Ciclone de Calcutá, o fenômeno meteorológico foi descrito como "um dos desastres naturais mais mortais de todos os tempos". Ele atingiu o continente em 11 de outubro de 1737, no delta do Rio Ganges, causando uma onda de 10 a 13 metros de altura. Há relatos de índices pluviométricos de 381 mm num período de seis horas. O ciclone circulou por cerca de 330 km sobre o continente antes de se dissipar. Entre 300 mil e 350 mil pessoas morreram.

O Grande Furacão

Nos livros de história, o furacão do rio Hooghly frequentemente vem depois do Grande Furacão de 1780, ocorrido em Barbados. Porém, há poucos dados sobre o fenômeno, também conhecido como Furacão San Calixto. Acredita-se que, antes de rumar para o oeste, a tempestade tenha se formado próximo às ilhas de Cabo Verde no dia 9 de outubro daquele ano. O furacão passou pela Martinica e por Santa Lúcia, depois por Porto Rico e pela República Dominicana. Barbados registrou 4.500 mortes. Em Santa Lúcia, o furacão deixou 6 mil mortos e, na Martinica, o número de vítimas fatais chegou a 9 mil. O total de mortes é estimado entre 22 mil e 27 mil.

Tufão de Haiphong

Tufões que ocorrem no Oceano Pacífico geralmente passam pelo Golfo de Tonkin - e foi exatamente essa a trajetória do Tufão de Haiphong, em outubro de 1881. Ele se formou próximo às Filipinas, e causou destruição na cidade industrial de Haiphong, no Vietnã, e ao longo do litoral. O tufão - nome dado aos ciclones tropicais no noroeste do Pacífico - provocou uma tempestade cuja intensidade matou 300 mil pessoas. Acredita-se que muito mais pessoas tenham morrido devido à contração de doenças e à fome, consequências do tufão.

Furacão de Galveston

Em 1900, um furacão de categoria 4 - com ventos entre 209 e 251 km/h, segundo a escala de furacões Saffir-Simpson, que tem cinco níveis - atingiu a cidade texana de Galveston. Não foi o primeiro e, certamente, não foi o último: a pequena cidade no Golfo do México também foi atingida pelo furacão Alicia em 1983 e pelo furacão Ike em 2008. Mas a tempestade de 1900 é tida como a pior delas, já que entre 8 mil e 12 mil pessoas morreram. Naquela época, a população do município era de 38 mil pessoas.

Ciclone de Bhola

Assim como Galveston, Bangladesh foi atingido mais de uma vez por ciclones. Em novembro de 1970, esteve no caminho de uma tempestade tropical que, de certa forma, voltou a alimentar e assim intensificou o ciclone. Imagens de satélite da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) mostram um "ciclone bem definido", com ventos de 137 a 145 km/h no dia 11 de novembro daquele ano. Um dia depois, a velocidade dos ventos havia chegado a mais de 220 km/h. Meteorologistas disseram ter previsto a tempestade, mas diz-se que não havia meios de comunicar o risco às pessoas vivendo na rota do ciclone. Como resultado, ao menos 300 mil pessoas morreram. Alguns estimam o número de mortes em meio milhão de pessoas. Em 1991, Bangladesh foi atingido por outro imenso ciclone, que deixou cerca de 138 mil mortos.

Tufão Nina

O tufão Nina foi chamado de "supertufão". Apesar da passagem curta e rápida, o supertufão Nina foi intenso e chegou antecipadamente. Com um pico de velocidade de 185 km/h, Nina passou por Taiwan para atingir a superfície terrestre na cidade litorânea chinesa de Hualien. O tufão causou o colapso das barragens de Banqiao e Shimantan, além de gerar inundações e destruição sem precedentes rio abaixo. As chuvas foram de 185 mm por hora. Estimativas mostram que o número de mortos foi de entre 171 mil e 229 mil.

Furacão Katrina

Foto: Climatempo

Um dos furacões mais conhecidos da história dos Estados Unidos teve efeitos devastadores para os habitantes de Nova Orleans. Ocorrido em 2005, o Katrina matou pouco menos de duas mil pessoas. Muitos americanos ficaram deslocados ou desapareceram, como é comum acontecer durante ciclones tropicais. O custo total dos danos foi estimado em cerca de 108 bilhões de dólares. Foi um dos piores casos de destruição natural na história mundial.

Furacão Maria

Quando Maria atingiu Porto Rico, em 2017, o número de vítimas fatais ficou inicialmente entre 64 e mil pessoas, aumentando para 2.975 em agosto deste ano. Os prejuízos materiais foram estimados em 90 bilhões de dólares.

Ciclone Nargis

O ciclone Nargis, de 2008, foi classificado como um dos mais fatais a atingir a Ásia desde o fenômeno de 1991 em Bangladesh. O Nargis afetou Índia, Myanmar, Sri Lanka, Laos, Bangladesh e outros países com sua fúria de categoria 4. Estatísticas aproximadas sugerem que 140 mil pessoas morreram, mas o número real pode ser próximo de um milhão de vítimas.

Climatempo
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