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Climatempo

O curioso buraco que se formou sobre o Atlântico Sul

Confira a explicação, em palavras simples, sobre a forma curiosa que surgiu sobre o oceano Atlântico Sul captada pelos satélite meteorológicos

8 jul 2021 - 04h51
(atualizado às 07h51)
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Foto: imagem captada pelo satélite GOES 16 e 7/7/2021

Esta imagem captadas por satélites meteorológicos despertou a curiosidade dos meteorologistas da Climatempo nesta quarta-feira, 7 de julho. Que 'buraco" incrível! 

Foto: Climatempo

Imagem captada pelo satélite GOES 16 em 7/7/2021

O que chamamos de "buraco" é a mancha em tom de azul escuro. Nesta colorização, as  camadas de nuvens estão em branco e as áreas em tom de azul escuro representam regiões sem nuvens.

Foto: Climatempo

Região anticiclônica tem pouca ou nenhuma nebulosidade

O curioso "buraco" sem nuvens sobre o oceano Atlântico Sul, entre o Brasil e a África, é na verdade um centro de alta pressão atmosférica, um anticiclone. O centro desta alta pressão atmosférica foi estimado em 1035 hPa, na avaliação do modelo meteorológico ECMWF, e está associado a forte massa de ar frio de origem polar que passou sobre o Brasil no final de junho e nos primeiros dias de julho de 2021. 

Foto: Climatempo

Representação em isóbaras (linhas que unem pontos de mesma pressão do ar) do anticiclone

Subsidência anticiclônica

Na atmosfera ao redor do globo, sempre temos áreas onde a pressão atmosférica está aumentando e outras onde a pressão do ar tende a baixar. O local onde encontramos o maior valor da pressão atmosférica é chamado de centro do anticiclone. De forma oposta, a região onde a  pressão do ar está mais baixa é chamada de centro de baixa pressão atmosférica.

Foto: Climatempo

Alta pressão atmosférica causa a subsidência, que é o movimento do ar de cima para baixo

O ar subsidente é seco e inibe a formação e o crescimento das nuvens.

O anticiclone causa a subsidência do ar, um movimento do ar de cima para baixo. Dizemos subsidência do ar, ar subsidente. Onde o ar está subsidente temos poucas nuvens ou ausência de nuvens e ar seco

O "buraco" nas imagens captadas pelos satélites meteorológicos GOES 16 e Meteosat é a região de subsidência do ar. Atualmente temos também um anticiclone sobre o interior do Brasil associada uma massa de ar seco.

Foto: Climatempo

Anticiclone sobre o Atlântico Sul em 7/7/2021

Os centros de alta e de baixa pressão atmosférica se intercalam, um após o outro. Um exemplo simples destes sistemas é uma frente fria. A região onde crescem muitas nuvens e chove é a área de baixa pressão atmosférica. Passada a instabilidade, a nebulosidade vai se dissipando e esfria, pois alta pressão de origem polar começa a atuar.        

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