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Cinema usa franquias para elevar bilheteria

Hollywood investe em sequências para atrair público de volta aos cinemas

16 dez 2021 - 15h58
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Desde que as salas de cinema foram fechadas, em março de 2020, por conta da pandemia de covid-19, Hollywood vem buscando soluções para minimizar uma perda financeira que pode chegar a US$ 160 bilhões nos próximos cinco anos, segundo estudo da Ampere Analysis. Em 2021, a indústria teve um balanço positivo, mas ainda longe dos números anteriores ao lockdown. Segundo a empresa de pesquisa Gower Street, o faturamento global das bilheterias este ano deve chegar a US$ 21,6 bilhões, 80% superior aos valores atingidos em 2020 (US$ 12,4 bilhões), mas ainda 49% inferior ao faturamento de 2019. "Pelo menos US$ 1,4 bilhões adicionados ao faturamento global vem de blockbusters lançados em outubro", afirma o relatório. 

Foto: Skydance / DINO

Liderando a lista dos campeões de audiência no período, vem a franquia Venom: Tempo de Carnificina, que arrecadou US$ 90 milhões no final de semana de estreia, melhor marca desde o início da pandemia nos Estados Unidos. Na sequência, 007 - Sem Tempo para Morrer, com US$ 56 milhões em bilheteria no final de semana do lançamento. Globalmente, o 25º filme da franquia de James Bond, com Daniel Craig, faturou cerca de US$ 708 milhões, deixando para trás sucessos como Casino Royale (US$ 616 milhões em 2006) e Quantum of Solace (US$ 589 milhões em 2008).

Os números revelam a estratégia de Hollywood para atrair de volta a audiência aos cinemas: sequências de conhecidos blockbusters, incluindo F9 da franquia Velozes e Furiosos, Viúva Negra da Marvel e Caça-Fantasmas - O Legado. O calendário de lançamentos para 2022 mostra que a manobra não para por aí.

Entre as produções mais aguardadas, Top Gun: Maverick foi inicialmente anunciado para novembro deste ano e adiado para maio de 2022, empurrando outro lançamento com Tom Cruise no papel principal. Missão Impossível 7, esperado para maio, passou para 30 de setembro de 2022. "Já estamos produzindo Missão Impossível 8, além de outras sequências aguardadas como Transformers: O Despertar das Feras, The Old Guard e A Guerra do Amanhã", conta a brasileira Isabela Levin, da Skydance, na Califórnia. Depois de passar pela Conspiração Filmes, no Brasil, e pela Solstice, nos Estados Unidos, Isabela entrou para o time da executiva Dana Goldberg, eleita uma das 100 mulheres mais poderosas do entretenimento pela Hollywood Reporter. "Sequências são desenhadas para fazer com que a audiência volte ao cinema para experienciar uma emoção já conhecida", analisa a produtora. "Com um clima de nostalgia no ar, onde as pessoas estão buscando conforto em algo familiar, a tendência é vermos mais sequências e obras literárias adaptadas para o cinema", diz Isabela.

Vem daí que Duna, adaptação de Denis Villeneuve para o clássico de ficção científica escrito por Frank Herbert em 1965, já tem sequência anunciada para outubro de 2023. "Se as pessoas não estivessem voltando ao cinema e mostrando entusiasmo pelo filme, eu certamente não teria estamina para encarar uma sequência de Duna", revela o diretor. Até novembro, Duna faturou US$ 300 milhões globalmente, maior bilheteria da Warner desde a reabertura dos cinemas. 

O balanço de 2021 mostra que, apesar do avanço das plataformas de streaming durante a pandemia, as telonas não perderam seu encanto. "Só existe um jeito de criar franquias bilionárias: lançá-las primeiro nas salas de cinema", afirmou Adam Aron, chefe executivo da AMC Theatres. Hollywood mostra que conta com isso para se recuperar.

Website: https://variety.com/2021/film/news/top-gun-maverick-mission-impossible-7-delayed-2022-1235053990/

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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