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Eclipse lunar poderá ser visto no Brasil de modo parcial nesta terça

Fenômeno acontecerá no dia 16 de julho de 2019, exatamente 50 anos após o lançamento da missão Apollo 11 rumo à Lua

16 jul 2019 - 03h12
(atualizado às 16h09)
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SÃO PAULO - Exatamente cinquenta anos depois do lançamento do Apollo 11, que levou o homem à superfície lunar, grande parte da Terra poderá contemplar, nesta terça-feira, 16, um eclipse parcial da Lua. O fenômeno será visível no Brasil, dependendo das condições climáticas.

O eclipse também poderá ser visto da África, de parte da Europa e Ásia e da área ocidental da Austrália, segundo informou nesta segunda-feira, 15, a Sociedade Real de Astronomia (RAS, na sigla em inglês) de Londres, em um comunicado.

Um eclipse lunar ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados e a Lua penetra no cone de sombra produzido pela Terra. O eclipse lunar pode ser total (quando a Lua é inteiramente encoberta) ou parcial, como ocorrerá nesta terça.

A Lua não ficará totalmente às escuras - cerca de 60% da superfície visível da Lua ficará coberta pela sombra, segundo a RAS. O satélite ficará sombreado e deve adquirir um tom alaranjado.

"Isto acontece porque os componentes da luz branca do Sol atingem a Terra e também passam pela atmosfera produzindo as cores vermelha e laranja que se espalham pelo ar cobrindo o céu com as cores do alvorecer e do crepúsculo", explicou o professor Paulo Bretones, doutor em Educação em Astronomia e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). "A refração transforma essas cores em sombra e por isso a Lua fica avermelhada."

Como assistir ao eclipse lunar

O eclipse parcial da Lua terá início às 17 horas (horário de Brasília) e poderá ser visualizado a partir das 17h31 em São Paulo, quando a Lua "nasce" no horizonte. O ápice do fenômeno ocorrerá às 18h30 e o espetáculo terá fim às 19h59.

O fenômeno astronômico poderá ser contemplado a olho nu, sem nenhum perigo à saúde, ao contrário do que ocorre com o eclipse do Sol. O uso de telescópios não é necessário, mas recomendado para aproveitar melhor a experiência.

Bretones afirmou que mesmo em cidades com vários prédios é possível procurar um local afastado que ofereça condições para se observar o horizonte. "A experiência da observação do fenômeno sem dúvida será um espetáculo inesquecível para o qual sugiro chamar as crianças para ver, pois os eclipses estão entre os fenômenos celestes que fazem parte das experiências inesquecíveis da vida", disse.

Alguns observatórios brasileiros estarão abertos nesta terça-feira para o eclipse. Como parte das comemorações pelos 50 anos da ida do homem à Lua, o Observatório Nacional, no Rio, disponibilizará a centenária Luneta 46, o maior telescópio refrator do Brasil, para a observação do céu a partir das 18 horas desta terça.

O Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficará aberto das 17 horas às 20 horas, com explicações sobre o fenômeno.

Em Piracicaba, no interior paulista, o Observatório Astronômico de Piracicaba Elias Salum abrirá das 16h30 às 20 horas. O fenômeno também será transmitido em um telão, segundo a prefeitura.

Em Bauru, também no interior, o Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai disponibilizar, gratuitamente, telescópios para observação do eclipse lunar. A estrutura estará montada no estacionamento do mercado Wallmart de Bauru, segundo a Unesp.

O Observatório Astronômico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, terá sessão especial, aberta ao público, para o eclipse.

Quando será o próximo eclipse

Em 21 de janeiro deste ano, boa parte do planeta pôde contemplar um eclipse total da Lua. Foi a última vez que o fenômeno ocorreu. O próximo eclipse lunar ocorrerá em 10 de janeiro de 2020, mas será apenas penumbral, ou seja, a Lua penetrará a penumbra (a parte mais externa do cone de sombra formada pela Terra), tornando o fenômeno quase imperceptível.

Segundo a agência espacial americana (Nasa), o próximo eclipse total da Lua será visível das Américas em 26 de maio de 2021. /COM AFP

Estadão
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