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Governo não destinou R$ 20 milhões apenas para defesa de Moraes contra sanções dos EUA

AGU CONTRATOU ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA NO EXTERIOR PARA REPRESENTAR INTERESSES DE ÓRGÃOS FEDERAIS, EMPRESAS E ESTADOS E MUNICÍPIOS; VALOR TOTAL PODE CHEGAR A MAIS DE R$ 18 MILHÕES

2 out 2025 - 14h26
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O que estão compartilhando: que o governo brasileiro vai gastar R$ 20 milhões de dinheiro público para defender o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.

Arte sobre captura de tela da postagem verificada
Arte sobre captura de tela da postagem verificada
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica apurou e concluiu que: é enganoso. O contrato entre a Advocacia-Geral da União (AGU) e um escritório nos EUA tem escopo mais amplo do que representar agentes públicos sancionados devido ao exercício de suas funções. Ele também envolve medidas punitivas contra o Estado e empresas brasileiras, como no caso da tarifa de 50% sobre produtos nacionais, e prevê ainda a representação de interesses de órgãos da administração pública federal e Estados e municípios. O valor máximo do contrato é de 3,5 milhões de dólares (R$ 18,6 milhões), que serão gastos sob demanda num prazo máximo de 48 meses. A AGU afirma que buscará o ressarcimento dos valores gastos "junto a eventuais responsáveis pelos danos causados ao Brasil".

Esta checagem foi solicitada por leitores do Estadão Verifica pelo WhatsApp: (11) 97683-7490.

Saiba mais: a afirmação é feita pelo senador Cleitinho Azevedo (Republicanos-MG) em um vídeo. Ele aparece diante da tela de um computador na qual mostra a seguinte notícia no site da AGU: "AGU contrata escritório de advocacia para defender Brasil contra sanções nos Estados Unidos". No entanto, o próprio texto mostra que o escritório não foi contratado apenas para defender Moraes.

Cleitinho foi procurado, mas não respondeu.

O texto fala sobre a contratação do escritório de advocacia Arnold & Porter Kaye Scholer LLP "para atuar nos Estados Unidos em defesa do Estado brasileiro no âmbito das sanções impostas pelo governo estadunidense", como a taxação em 50% dos produtos nacionais. No escopo do contrato, explica a AGU, constam quaisquer medidas punitivas contra os interesses do Estado brasileiro, empresas e agentes públicos brasileiros, como tarifas, denegações de visto, bloqueio de ativos e restrições financeiras.

Segundo a AGU, o escritório poderá atuar não apenas na representação de agentes públicos alvo de sanções ligadas ao exercício de função - como no caso de Alexandre de Moraes, sancionado pela Lei Magnitsky em 30 de julho - mas também de interesses de órgãos da administração pública federal e de Estados e municípios.

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Ainda segundo a AGU, o valor máximo do contrato é de 3,5 milhões de dólares, que serão gastos por demanda num prazo de 48 meses. O órgão acrescenta que adotará medidas para o ressarcimento dos valores gastos "junto a eventuais responsáveis pelos danos causados ao Brasil". Em reais, o valor total é de R$ 18,6 milhões, segundo cotação nesta quarta-feira, 1.

A AGU explica que a contratação de escritório no exterior é necessária, pois os advogados da União, em regra, não são habilitados para atuar em jurisdições estrangeiras.

No fim de julho, antes do estabelecimento do contrato entre a AGU e o escritório de advocacia, a imprensa repercutiu que Moraes havia pedido ao órgão federal que nenhuma medida judicial fosse adotada em sua defesa. O pedido teria sido feito durante jantar promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros do STF, um dia após a sanção de Moraes pela Lei Magnitsky.

Estadão
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