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Chacina no DF: Polícia revela detalhes do caso brutal que vitimou dez pessoas da mesma família

De acordo com a Polícia, motivação do crime seria um terreno de posse de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, avaliado em R$ 2 milhões

27 jan 2023 - 21h33
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Cisterna onde mais três corpos foram encontrados em Planaltina (Reprodução - TV Globo)
Cisterna onde mais três corpos foram encontrados em Planaltina (Reprodução - TV Globo)
Foto: Reprodução: TV Globo

A primeira parte do inquérito policial da chacina que vitimou dez pessoas da mesma família no Distrito Federal foi concluída. O que motivou o crime foi um terreno de posse de Marcos Antônio Lopes de Oliveira, de 54 anos, na região de Itapoã, avaliado em cerca de R$ 2 milhões. No entanto, o imóvel não era de propriedade dele, e estava sendo contestado na Justiça. A informação é do jornal O Globo.

O que impressionou a polícia foi a brutalidade com que os crimes foram realizados. Os criminosos simularam sequestros, e eram de confiança de Marcos, pois conviviam com ele e sua família. 

“Que outros policiais nesta delegacia não tenham uma outra investigação tão dolorosa quanto essa”, afirmou o delegado Ricardo Viana, titular da 6ªDP, durante a coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 27. 

Como Marcos foi executado e o papel de cada criminoso:

• Marcos foi baleado antes de chegar ao cativeiro, em ação “precipitada”;

• Foi esquartejado, mas polícia apura se ele ainda estava vivo quando isso ocorreu, já que um dos suspeitos disse que “ouvia a respiração ofegante da vítima”;  

• Inquérito aponta que Horácio Carlos Ferreira Barbosa, de 49 anos e Gideon Batista de Menezes, de 55, foram os idealizadores e executores do plano;

• Fabrício Silva Canhedo, de 34 anos, vigiava as vítimas no cativeiro;

• Carlomam dos Santos Nogueira, vulgo Carlinhos, de 26, ficou encarregado de ser pistoleiro no plano, assim como Horácio e Gideon. 

• Carlos Henrique Alves da Silva, 25 anos, conhecido como Galego, também teria participado dos assassinatos. 

A investigação ainda concluiu que Thiago Gabriel Belchior de Oliveira, de 30 anos, viu a execução de Cláudia Regina Marques de Oliveira, de 55 anos, Ana Beatriz Marques de Oliveira, de 19. Eles foram sequestrados desde a chácara e levados até a casa abandonada onde foram mortos e jogados em uma cisterna.

Eles foram esfaqueados, um de cada vez. Thiago teria sido o último morto. 

“Eu, como cidadão de Brasília, espero que, da próxima vez que a gente se reúna, possamos falar de situações bem diferentes desta. Que não experimentemos de novo a sensação de ter uma chacina com dez pessoas mortas da mesma família e de forma tão cruel. Essas pessoas foram mortas de maneiras diferentes e com uma crueldade extrema”, afirmou Viana.

O delegado revelou que  a crueldade pela qual as vítimas passaram “jamais foi vista no âmbito dessa Polícia Judiciária”, e que “chocou” todos os policiais. 

Execução de todos ocorreu após nomes dos suspeitos serem revelados

Uma confusão entre os suspeitos, fez com que um deles, acidentalmente, revelasse que Horácio e Gideon participavam do crime. Até então, Horácio fingia ser uma das vítimas também. Fabrício - vigia das vítimas no cativeiro - perdeu a paciência com os dois após descobrir que os corpos de Renata Juliene Belchior, de 52 anos, e de Gabriela Belchior de Oliveira, de 25 – esposa e filha de Marcos Antônio, respectivamente –, foram  encontrados carbonizados dentro do carro da família, revelando o nome da dupla. 

Renata Gabriela, Elizamar da Silva, de 39 anos, e seus três filhos pequenos, Rafael e Rafaela, de 6 anos, e Gabriel, de 7 – esposa e filhos de Thiago Gabriel, não foram mortos queimados. Foi possível determinar isso a partir dos laudos cadavéricos, que não identificaram fuligem nas vias aéreas das vítimas. Com base nos depoimentos, Polícia acredita que elas tenham sido asfixiadas.

Criminosos atraíram o filho se passando pelo pai

O bilhete para atrair Thiago, Elizamar e os filhos, que a polícia encontrou no cativeiro, foi usado pelos criminosos como rascunho para uma mensagem de texto. Segundo a reportagem, foi enviada, possivelmente do celular de Marcos. 

De acordo com a Polícia, bilhete foi escrito para atrair família
De acordo com a Polícia, bilhete foi escrito para atrair família
Foto: Divulgação/Polícia Civil

“O bilhete não foi fisicamente entregue. O modo de agir deles era o seguinte: pouco se comunicavam ali. Gideon e Horácio se passavam por vítima, enquanto todos estavam vendados. Aquele bilhete seria uma minuta de uma mensagem que foi passada para o Thiago. O vocativo "chefe" é uma maneira como o Marcos chamava as pessoas do seu convívio. A partir desse bilhete, escreveram uma mensagem, o Thiago foi até o local, eles o buscaram no início do condomínio, o colocaram na chácara, e de lá chegaram o Carlomam e o Galego, que o sequestraram”, afirmou o delegado. .

A morte das crianças e da mulher de Thiago foi justamente para que não houvesse herdeiros, conforme acredita a polícia. 

Fonte: Redação Terra
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